Cotidiano Serelepe

Surpresas e sustinhos da minha vidinha sem-sal

segunda-feira, julho 31, 2006

Não tem preço

Situação: um colega dele estava apresentando um jornal de não-sei-o-quê na TV e ele disse que achava legal. Eu me limitei a querer meu nome como revisora de alguma obra e ele disse que eu poderia escrever um livro inteiro. Eu quis saber baseado em quê ele afirmava aquilo, afinal, podia ser uma rasgação de seda leve!
...
- Aquele texto que vc fez pra Rê entregar pro Psico mesmo, está muito bom.Violento!
- E vc ainda lembra? Que memória, hein?!
- Eu observo tudo.
- (o ânimo descendo a ladeira!) Xiii, vou tentar me policiar... Prestar bastante atenção no que vou dizer, senão...
- Jamais! Não se detenha, não limite suas expressões.
-(Espanto, sorrisão e frio na barriga)
- ...Você tem que falar e agir normalmente. Ser você. E eu não gosto de gente limitada!


Nessa hora eu nem lembrei de Afa dizendo que ele falaria qualquer coisa pra ganhar minha confiança, eu tive que beijar aquela boca!

sábado, julho 29, 2006

Coisas que eu não entendo

* Todos os candidatos a reeleição têm um prazo (que já passou) pra largar os cargos que ocupam para lançarem a candidatura oficialmente. Todo mundo sempre soube que Lula seria candidato e a campanha dele já está por aí. A minha pergunta é: por que, ora bolas, ele ainda é o presidente? Pensemos Pessoas, o vice tá doente, ou é doente, não sei. O fato é que ele não está podendo assumir a presidência o que coloca Dilma Rusef como interina, já que ela é a Chefe da Casa Civil. Ela seria a primeira mulher a assumir! U-huuuu Girls Power! Se ela fizesse alguma coisa boa nesses 6 meses finais, a galera votaria em Heloísa Helena com um pouco mais de confiança. É lógico que eu posso estar errada, mas tenho direito de pensar e tentar entender.

* Se homens gostam tanto de cabelos compridos, por que não criam os seus? Por que um simples ato de cortesia, um mero aviso de que vou mudar de visual, derrepente é compreendido como um pedido formal de permissão? Isso irrita sabiam! Cortei! Cortei mesmo, e vou cortar de novo toda vez que me der vontade por um motivo bem simplezinho: O CABELO É MEU! Além do mais, ele cresce que é uma beleza! O último corte pra valer foi em fevereiro, no queixo, e agora ele está um nadinha abaixo dos ombros. Cresceu, em média, 1cm por mês como uma criança saudável que é!

Há mais coisas que eu não entendo, como porque minha mãe não é a mesma pessoa das fotos ou onde foi parar a vaidade que ela afirma já ter ostentado e da qual eu não lembro. Isso me entristece porque sinto que algo não está caminhando direito e não sei o que fazer pra tirá-la da inércia... :/

sexta-feira, julho 28, 2006

Passado

Não posso assistir a determinados filmes porque sou uma manteiga derretida! Me dá uma tristeeeza, uma sensação de que existe uma vida sem mim acontecendo num universo paralelo e que eu poderia ser bem feliz se vivesse lá. Filme estilo 'Eternamente Jovem', de amor interrompido que é retomado 300 anos depois me faz chorar muito por uma vida que não existe do ponto de vista real.
Ontem assisti ao 'Diário de uma Paixão' e não consegui dormir até às 2 da madrugada, pensando triste. Eu digo pra mim que é loucura, que nenhum de nós é mais a mesma pessoa de 10 anos atrás, nem mesmo somos as de 6 anos atrás, quando tudo foi realmente vivido. Além do mais, ele é casado, caramba! Mas, " o coração tem razões que a própria razão desconhece" e o meu, além de tudo, é surdo, não me ouve de jeito nenhum! Fica aqui, com saudade do sentimento incondicional que foi capaz de abrigar, saudade duma época em que era inteiro e cada batida impulsionava um sonho. Falando assim eu dou margem a pensarem mal da minha pessoa, mas não pensem porque não há motivos. É só saudade...
Saudade dos risos e beicinhos, da mão enorme e forte, dos afagos nos cabelos e das tranças que tentava fazer, da minha escola de samba no APM mais maravilhoso. Saudade das horas por telefone contando do cotidiano muitas vezes serelepe, de quando ele fazia alguma bobagem e me ligava pra ajudar a consertar, das cartas em letra cada vez mais ilegível por 'culpa dos professores que falavam muito rápido', saudade de cada mínimo detalhe que compôs essa história. Saudade até do 'adeus' entre lágrimas do último telefonema com a notícia do noivado para o mês seguinte.
Só desejo que Gu seja feliz e pra sempre, do jeito que ele sempre quis... e que eu seja capaz de sentir tudo de novo com a mesma intensidade um dia, porque eu era muito feliz e isso transbordava.

terça-feira, julho 25, 2006

Grrrr!

Fazer os outros de idiotas deve ter um gosto, no mímimo, interessante. Fico matutando e não acho outra explicação pra tanta gente gostar de ludibriar o próximo. Como disse um tempo atrás, eu demoro pra perceber as coisas, mas nada fica encoberto. As investigações podem levar meses, mas eu acabo descobrindo a ligação entre os pontos e VOCÊ já devia saber disso porque já ficou boquiaberto por duas vezes. Na época, nenhuma das duas situações me atingiam diretamente, mas agora que tem uma Complementar que engana tão bem quanto você, e eu já liguei os pontos que fizeram isso tudo começar, a minha raiva toma proporções agigantadas toda vez que eu ouço sua voz por muito tempo. Principalmente quando vem com açúcar!
Não dei muita importância quando ligou a primeira vez pois, embora não tenha entendido muito bem o significado de 'jogar conversa fora', não tomei como provocação. A segunda, porém não tinha outro porquê além de conseguir um step e isso ficou muito claro, só que dez minutos depois que já tínhamos desligado! Sorte, bênção de Deus, livramento, ou seja lá que nome tenha, sei que foi pra ambos. Pra mim, por já manter o pé atrás com sua conversa melosa e pra você, porque se eu sacasse a treta instantaneamente você ia ouvir até sangrar!
Aaaaiiii, estou tão leve agora...

domingo, julho 23, 2006

Amigo homem

Acho que já escrevi sobre isso um dia, mas ter amigo homem pode ser uma maravilha quando ele não fica inventando história! Minha amizade com Afa tem quase 20 anos e atingiu o estágio de um poder falar a real do que pensa sobre uma situação exposta pelo outro, sem cortes, sem frescura. Hoje fui pra casa dele assistir a 5ª temporada de Smallville (já que o SBT se refuta a passar e aquele troço, finalmente, começou a pegar prumo!) e, no caminho de volta pro ponto de ônibus, contei as minhas últimas peripércias. Estranhei porque ele não sorriu nenhuma vez 'Por que vc não fica feliz por mim? Só porque eu tenho um dedo podre não significa que os outros nove também sejam!' Então me veio com essa: 'Lio, não posso ficar feliz ainda. Quando foi que vc escolheu certo?'
Pior é que é verdade... mas a tranquilidade tem tomado conta da minha alma.
"Basta a cada da o seu mal" - Mateus 6:34b

quinta-feira, julho 20, 2006

+ Luto no 59 +

Quando minha mãe veio morar aqui, tinha menos idade do que eu tenho hoje e, dos 16 apartamentos do prédio, havia mais 3 ocupados, além do nosso. Um deles, no nosso andar, morava uma casal recente que se desfez quando eu já tinha uns 4 anos. O motivo: ele foi embora com a vizinha do 302, uma dessas tragédias que fazem as pessoas começarem a morrer por dentro.
Tia Mercês terminou de morrer ontem. A medicina disse que foi uma diabetes que ela nunca cuidou. Um ferimento nos dedos que infeccionou, tomou o pé e a perna. Seria preciso extirpar, mas ela não deixou. Depois da separação, ela se entregou a Murphy e nunca se tomou de volta.
Seu carisma em vida levou muita gente ao cemitério. Eu não consegui vê-la no caixão, não passei da porta. Prefiro lembrar da minha festa de 10 anos, quando as coisas estavam muito, muito difíceis aqui em casa e ela fez um monte de chocolate quente e três bandejonas de brigadeiro, pôs velas com as letras do meu nome em dez deles e mandou eu chamar meus amiguinhos. É difícil olhar pra porta dela e saber que não a verei mais, não vou mais rir de suas piadas, nem a ouvirei falando que ia decorar o prédio com flores no dia do meu casamento, eu quisesse ou não.

terça-feira, julho 18, 2006

Super Decepção

Aviso: Eu não vou contar o final, mas se vc pretende assistir 'Superman- Returns' e não se importa com as críticas, beleza. Caso contrário, meu mui estimado leitor, vou ter que pedir que volte outro dia. Acabei de sair do cinema e tô fula!

Se queriam um herói com cara de 'estou em crise, quero voltar pra Kripton', vá lá. Essa é a única explicação pra escalarem um ator tão inexpressivo. E a tal crise, evidentemente, fica subentendida. Tá, o cara é lindo (ou ficou lindo depois de tanto pancake e photoshop), mas não me convenceu. Até tenho dúvidas se aquela era mesmo a voz dele! Como Clark, praticamente não existiu e eu nunca vi o Super tão ávido por publicidade. Voava baixo, dava tchauzinho pras câmeras, ficava atento e feliz ao se ver em todos os canais... Será possível que esse povo não lê as obras? Ele é caracteristicamente tímido e hu-mil-de! Cadê?!
Neste filme, o Super vai ver se Kripton foi mesmo destruído e passa 5 anos fora da Terra. Clark some também, lógico, mas não se sabe onde ele foi e absolutamente ninguém parece interessado em saber, só eu! Ninguém faz a corriqueira pergunta indignada pro Clark toda vez que ele some e o Super aparece. Mas nem tudo foi assim, esse horror, e lá estava Kevin Spacey. Eu nunca tinha notado como ele se parece com o Gene Hackman , o Lex do primeiro filme e vale destacar as obras clássicas que o Luthor escuta na 'casa-barco' dele... Bom, eu sempre fui fã do Superman, mas não sei se por ele ou pela Lois. A de hoje é a cara da Princesa Abdala e até que se saiu bem empinando o nariz, mas a intrepidez e o jeitinho Lois Lane de ser deixaram um bilhete na esquina. Quando que a Lois ia precisar de quem intercedesse por ela junto ao Perry? Ainda mais usando uma 'relação familiar' pra isso. Como fã dos amores fofos, não gostei de ela estar com o Siclope, do Ex-men e, sinceramente, não sei se alguém gostou disso.
Quem não assistiu aos anteriores, fica boiando, porque este traz muitas pinceladas deles e deixa em aberto o ano em que a trama se passa. Os figurinos são belos, principalmente das atrizes, e a monotonia das cores é facilmente explicada pelo destaque à capa e ao colant do Super que aparece apoteoticamente o tempo todo. Aliás, a concentração foi mesmo nos efeitos, pois o roteiro tá fraquinho e os diálogos são pobres de marré-deci. Tiveram a cara-de-pau de copiar falas inteiras dos filmes com o Reeve sem acrescentar nada de motivador ou moralmente didático. Além disso, acontecem coisas que, pelamãedoguarda! Alguém pode me dizer como é que a porta de um avião fica aberta durante um diálogo e ele não despressuriza, não sofre turbulência, nada? Levaram dez anos programando e saiu esse troço! Fale sério!

segunda-feira, julho 17, 2006

A verdade

Há algum tempo ando pensando na palavra interessante como um adjetivo bem diplomático. Quando não se sabe direito como classificar uma situação, mas ela não lhe causa tristeza, este é o primeiro adjetivo que vem à mente, quase sempre. Reparei que o tenho usado com frequência para definir meus passeios recentes e creio que é bem por aí: não sei o que é, mas tá bom. Estou socrástica! "Tudo o que sei é que nada sei" Uma vez na vida não estou com pressa porque, vamos combinar?, aprender pessoas desde o comecinho dá um trabaaalho... Vou deixar assim, interessante.

domingo, julho 16, 2006

E o social?

Uma das frases que eu mais falo é 'A vida é cíclica' e constatar isso às vezes dói amarelo. Foi interessante ouvir Jazz em outra compainha... É bem verdade que eu me senti meio culpada nos primeiros momentos e não consegui dançar por ter em mente uma promessa, mas foi uma delícia! O lugar tem um arzinho intelectual vanguardista muito bom. Dá impressão de que daquelas pessoas podem sair verdadeiros achados e é preciso lutar contra a vontade de fixar olhos em cada rosto em busca deles
De um extremo a outro, saimos da tranquilidade do ICBA pra loucura do Cancun. Nunca tinha ido lá porque eletronic music não faz tanto a minha cabeça. Não quando eu tô calma, zen, querendo prestar atenção... Afa é quem gosta dessas coisas e vive me dizendo sobre músicas e nomes e batidas e coisas as quais não vou entender nem em 1 milhão de anos! Mas eu fui e quer saber? Foi bala! Dancei um bocado e voltei às 3 da manhã, na paz.
Ontem foi a formatura de Binha e O Quarteto se encontrou de novo, dessa vez sob os olhares atentos e quase coordenadores do Sr. Almeida. Mais mil fotos e sorrisos nervosos pela certeza de que os encontros serão algo muito difícil daqui pra frente. Mesmo.

quarta-feira, julho 12, 2006

Eu sou terrível

Eu tenho um defeito. Um não, algumas malinhas deles, mas hoje só vou falar de um! Eu adoro ler e tenho uma pequena lista de obras em casa a minha espera, mas não consigo terminá-los. Acho que a facilidade de estender os braços e tê-los me impede. Em compensação estou em leitura avançada de dois livros na Sici, um pra rir e outro pra pensar. Eles podem ser vendidos a qualquer momento e essa adrenalina me faz correr pra estar por perto e aproveitar cada tempinho disponível.
Queria ser assim com as pessoas... Por incrível que pareça, as mais próximas são aquelas que reclamam da minha distância. Apesar de saber que podemos todos ser ceifados a qualquer momento, sinto que as tenho muito ali e não dou a atenção que merecem. Não é que não sinta carinho por elas, mas ele fica latente, não se manifesta tanto.Vez em quando tenho esses lampejos de culpa e viro uma seda com todo mundo, mas não está certo agir com tanta inconstância e os meus queridos não são adivinhos. Tsc... :/

segunda-feira, julho 10, 2006

Pensamento 'Cafezinho'

Sábado, enquanto boa parte dos meus amigos estava de braços suspensos, ouvindo Kleber Lucas e/ou Nívea, eu estava conhecendo um lugar muito lindo pra compensar o fato de não estar lá também! Eu nem sabia que o Goethe Institut era aberto, nem que era tão lindo, nem que rolava JAZZ por lá a 4 pilas. Fiquei contente, conversando abóboras significativas com o Jornalista-Metaleiro e, do nada, surgiu esse negócio de pensamento cafezinho.
Falávamos de música. Ele dizendo que não gosta muito de música nacional, mas que aprendeu a tocar violão a partir de sambinhas antigos. Eu dizendo que não gosto de gritaria na música porque não dá pra entender a letra e perde a graça. 'Prefiro letras que me façam parar e pensar', eu disse. 'Pra isso eu prefiro livro!', ele soltou. 'Mas com livro não dá pra pensar cafezinho', eu rebati. E continuei dizendo que não desprezo livros, mas que há coisinhas elementares, dentro de frases pequenas, nas quais se pode ficar viajando... Na verdade, pensamentos 'cafezinho' acontecem o tempo todo comigo. Basta eu parar de olhos atentos a alguma situação e ela derepente começa a ''falar''. Foi interessante meu sábado...
Ontem eu não tava com muito saco pra assistir a Final da Copa e fui pra Sici, fazer hora pra ir à Igreja. Nos domingos passados, ou eu não tava com vontade de ir, ou me atrasava. Ontem a minha vontade era ir pra A praia ver a lua cheia nascer, mas achei melhor ficar na minha. Como é que eu ia explicar que não gosto de praia, mas que aquela é especial pra mim? Chega de confusão na minha vida! Fui pra Sici continuar a ler a vida de uma mulher doida, de 28 anos, que tem que arrumar um acompanhante pra ir com ela ao casamento da prima pra não passar recibo de encalhada. Não é um livro pra pensar, é pra rir. É bom que se diga isso!
E lá vem outra semana...

sábado, julho 08, 2006

Resert

Essa semana eu percebi como Deus nos usa para ajudarmos uns aos outros e que aquela história de 'amigos são anjos' não é balela. Passei muito mal o mês passado e todo mundo está vesgo de saber. Nesse período, até quem nunca teve a intenção sincera de ser amigo contribuiu pra que eu me recuperasse, mas tive anjos a meu lado, me fazendo abrir os olhos às realidades e enxergar meu próprio caminho. Sou muito grata a todos (todos mesmo) e peço a Deus que lhes mantenham alerta para com os próprios corações. A palavra de ordem é reter o que é bom e manter o cinto de utilidades abastecido porque a gente nunca sabe quando vai socorrer alguém. Essa semana eu me vi aplicando em mim algumas das vááárias lições aprendidas e me senti forte o suficiente pra estender a mão.
Essa semana eu vi o cuidado de Deus para comigo, e na frente de todo mundo, mas isso é outra história sobre a qual não devo falar. O assunto me faz dar aquela risadinha com o canto da boca e isso não é nada angelical! ;)

terça-feira, julho 04, 2006

ah, não tem título não!

Estou outra vez diante de uma coleção de escritos pensando se me livro deles ou os deixo me lembrarem de não cometer os mesmos erros. A Psicologia é uma ciência engraçada! Tem muitas vertentes, mas elas concordam que passamos por ruas específicas em direção à cura de nossos males. Dentre elas estão negação e raiva, das outras eu não lembro, mas quando chegar lá eu olho a placa, certo?!
Esse poema aí embaixo é meio triste e se vc for daquelas pessoas que criam imagens enquanto lêem, pode ser que seus olhos fiquem marejados. Bom, eu enxergo uma pessoa idosa no velório de seu amor, outra pessoa idosa. Eles vinham de caminhos distintos, se encontraram e seguiram numa outra direção, juntos. Viveram muitos anos inebriados de luz e sonho até que um deles morreu e o outro não pode fazer nada além de tremer e temer diante da solidão que será sua companhia na outra metade do caminho da vida.
'No meio do caminho' é o meu favorito há muito, muito, muito tempo e é um dos pouquíssimos que eu tenho de cor. Aliás, esta expressão 'de cor' é bem apropriada. Ela vem do latim e tem a ver com o coração. Na época, a pró de Latim explicou assim: as memórias ficam na mente e as recordações fazem emanar os sentimentos. Eu o achei no meio dos escritos e resolvi(de novo) não jogar nada fora, por enquanto.

Nel Mezzo del Camin
Olavo Bilac

Cheguei. Chegaste. Vinhas fatigada
E triste, e triste e fatigada eu vinha
Tinhas a alma de sonhos povoada
E a alma de sonhos povoada eu tinha

E paramos de súbito na estrada
Da vida: longos anos, presa à minha
A tua mão, a vista deslumbrada tive
Da luz que o teu olhar continha

Hoje segues de novo...Na partida
Nem o pranto os teus olhos umedece
Nem te comove a dor da despedida

E eu, solitário, volto a face e tremo
Vendo o teu vulto que desaparece
Na extrema curva do caminho extremo

domingo, julho 02, 2006

Casórios

Eu AMO casamentos! Amo (e observo) tudo: as flores, as luzes, a disposição das mesas, as toalhas, a música, a organização da cerimônia e buffet , as equipes de foto e filmagem e, lóóógico, os vestidos. rsrsrs. Fui a dois esta semana, de minha muito querida Pequeninha e de um prof. colega de mainha ontem.
Rúbria casou-se na quinta, e mesmo debaixo de toda aquela chuva irritante, estava linda vestida de Helena de Tróia. Eu e as meninas fomos juntas e demoramos bastante pra chegar lá, mas deu tudo certo e tiramos milhões de fotos! Nunca tinha ido a uma cerimônia adventista... é um pouco diferente, mas bonita. O noivo não estava se cabendo de feliz e o pai da noiva estava numa tristeza de dar dó. O sentimento em nós estava misturado e não há como negar isso. Evidentemente estamos felizes por nossa amiga, mas ela vai embora pra tão longe, meupai. E agora que Dita vai pra Sergipe de vez ainda este mês, pronto! Aquela foi, oficialmente, a última reunião do Quarteto e pensar nisso me faz sentir uma melancoliazinha pesarosa.
Do outro evento eu não sabia necas dos nubentes, fui convidada da convidada, no caso, mainha!Não tinha emoçoes envolvidas, então deu pra ver as coisas mais tecnicamente. Do lado de fora da igreja e ao longo do caminho que levava aos salões da recepção havia canhões de luz laranja apontando pra cima. Isso deu um tchan na decoração, que aliás, tava bem bonita. O buffet estava uma delícia e o serviço deles era muito bom. Foi tudo lindo, mas tem sempre que ter uma coisa pra atrapalhar e dessa vez não foi o padre, nem os padrinhos; foi o próprio cerimonial! A equipe era pequena, com uma só MC. Essa loucura já aconteceu comigo, na minha primeira cerimônia católica (que a noiva entrou ao som de 'Arrepio' de Marisa Monte, foi a entrada mais linda até hoje!) Nunca vou esquecer que tive vontade de gritar com o MC de festa, careca e insuportável, que me chamou de amadora na frente do noivo só porque eu não sabia pregar o cravo na lapela. Agora veja que coisa: ele tava lá ontem e a MC atrapalhada (que formou uma imensa fila de padrinhos na mesa de assinaturas e deu espaçamentos gigantes nas entradas) era funcionária dele... Além disso, a banda era um horror e não há desculpas pra isso! Agora deixe eu limpar meu veneno pra falar da parte boa!
Mainha não quis ficar e eu fiquei lá com os outros colegas dela, já que conheço todo mundo. A festa foi óóótima! Muito bem organizada, bem servida, a acessoria aos noivos estava perfeita como nunca vi e eu aprendi umas coisinhas bem úteis! Dancei, dancei, ri, comi, dancei mais e voltei depois de me divertir bastante. Depois de um mês em casa chocando jacaré, tava mais que na hora.