Cotidiano Serelepe

Surpresas e sustinhos da minha vidinha sem-sal

sexta-feira, julho 28, 2006

Passado

Não posso assistir a determinados filmes porque sou uma manteiga derretida! Me dá uma tristeeeza, uma sensação de que existe uma vida sem mim acontecendo num universo paralelo e que eu poderia ser bem feliz se vivesse lá. Filme estilo 'Eternamente Jovem', de amor interrompido que é retomado 300 anos depois me faz chorar muito por uma vida que não existe do ponto de vista real.
Ontem assisti ao 'Diário de uma Paixão' e não consegui dormir até às 2 da madrugada, pensando triste. Eu digo pra mim que é loucura, que nenhum de nós é mais a mesma pessoa de 10 anos atrás, nem mesmo somos as de 6 anos atrás, quando tudo foi realmente vivido. Além do mais, ele é casado, caramba! Mas, " o coração tem razões que a própria razão desconhece" e o meu, além de tudo, é surdo, não me ouve de jeito nenhum! Fica aqui, com saudade do sentimento incondicional que foi capaz de abrigar, saudade duma época em que era inteiro e cada batida impulsionava um sonho. Falando assim eu dou margem a pensarem mal da minha pessoa, mas não pensem porque não há motivos. É só saudade...
Saudade dos risos e beicinhos, da mão enorme e forte, dos afagos nos cabelos e das tranças que tentava fazer, da minha escola de samba no APM mais maravilhoso. Saudade das horas por telefone contando do cotidiano muitas vezes serelepe, de quando ele fazia alguma bobagem e me ligava pra ajudar a consertar, das cartas em letra cada vez mais ilegível por 'culpa dos professores que falavam muito rápido', saudade de cada mínimo detalhe que compôs essa história. Saudade até do 'adeus' entre lágrimas do último telefonema com a notícia do noivado para o mês seguinte.
Só desejo que Gu seja feliz e pra sempre, do jeito que ele sempre quis... e que eu seja capaz de sentir tudo de novo com a mesma intensidade um dia, porque eu era muito feliz e isso transbordava.

2 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Xeu te falar uma coisa muito séria: sentimos saudade, na verdade, de tudo que poderia ter sido mas não foi. E não podemos ficar marcando passo. Vivemos, foi bom, foi triste, foi amargo, foi sei lá o que, mas pas-sou. Agora, é pegar as lições devidamente anotadas e ir viver outras coisas, contar outras histórias, derramar outras lágrimas, sorrir outros sorrisos. Parece papo de auto-ajuda, mas não é!
É pra frente que se anda! E se a gente não abandonar o que passou, não deixa espaço livre para o novo e para aquilo que de fato, É NOSSO.
=*

4:32 PM  
Blogger Marina Rebuá said...

Nossa, que post mais lindo... Me identifiquei com mta coisa...
Tb tive um amor impossível com um cara casado.. Acho q foi menos intenso do q o seu, pelo q eu pude entender, mas doeu do msm jeito e eu ainda sinto saudades, do msm jeito, e continuo com a esperança de q um dia sou sentir tudo de novo, do mesmo jeito...

ps: achei seu blog num comentário no blog da Kritz! ;)

8:12 AM  

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