Intervalo

Acabei de fazer a segunda parte da segunda prova de Fonética. Acho que não fui bem... Ainda falta a última parte: pronúncia.
Estou apreensiva e, quando estou assim, fico de cara amarrada e, quando estou assim, não quero falar, o que é muito difícil para as pessoas entenderem, principalmente as que não me conhecem, mais ainda aquelas que falam pelos cotovelos! Não sabendo que eu quero ficar quieta até toda a tensão passar, ficam puxando papo, o que me irrita mais e me faz beber litros d'água para não sair cuspindo fogo em quem não merece. Tanta água dentro de mim somadas ao frio do lugar e à chuva insistente de todo o dia, me dá uma vontade louca de ir ao banheiro toda hora e como é que se faz prova direito desse jeito?!
Além disso, mulher, tem outra cooooisa (minha mãe não dorme enquanto eu não chegaaaaaar!) Eu o-d-e-i-o pesca. Não peço pesca, não dou pesca, fico fula da vida quando sei que tem olhos sobre a minha prova e mais fula ainda se o(a) sujeito(a) resolve me cutucar! Lembro que, no primeiro semestre de faculdade, eu levantei por conta própria do meu lugar porque Manuela estava me cutucando na prova de Evolução Literária. Depois veio com a cara-de-pau do mundo todo dizer que eu sou ruim. Sou nada!
Poxa vida, tá todo mundo no mesmo barco! Se tá afundando, aprenda a nadar, não me use como bóia não, que eu não gosto!!! Amanhã tem outra prova e eu estou mais tranquila quanto a ela, mas não adianta fulano(a) guardar meu lugar porque eu vou sentar lá na casa do chapéu. Eu e minha provinha.

**Recebi carta da minha mãe hoje, na hora do almoço. Cheia de preocupações de mãe: coma direito, agasalhe-se, fale com seu Pai se alguém lhe abusar... Eu sempre vou ter 4 anos! rsrs

Diferenças

Hoje, Flavia, mulher do professor Paulo, disse : "Não é preciso ser igual, basta ouvir a voz de Deus".
Espero que todos tenham entendido o que eu já sabia.

O Pilão

O último livro que li foi sobre a vida do profeta Elias. Ele foi um instrumento abençoador nas mãos de Deus, mas também foi testado o tempo todo. Todos os dias, em todas as situações, Deus tinha alguma coisa punk pra ensinar. Elisas vivia no pilão de Deus! Ultimamente tenho escrito textos horríveis, eu sei, mas existe uma razão: o barulho. Era acostumada a escrever no silêncio da minha casa ou, no máximo, no inferno controlado do LAMI, mas aqui a coisa é um pouquinho complicada... O único momento de real silêncio, eu acho, é de madrugada e então não dá! Deus tem me tratado com essa e muitas coisinhas... aiaiai!

Ontem, domingo, eu fui a outro shopping, mas sabe quando vc se arrende de ter saído de casa assim que põe o pé fora? Levamos 1 hora esperando o ônibus de volta e, por aí, dá pra ter uma idéia da maravilha que foi pra mim! Ontem, vendo a Esplanada iluminada e aqueles prédios que antes eu só via pela tv, meu coração pesou 'estou em Brasília e é tão longe do meu tudo...'

Fui dormir com isso e acordei com dor de cabeça, se bem que também pode ter sido nervoso pela prova de hoje. Não que ela em si tenha sido horrível, mas aúltima questão... E ainda tinha os meninos... No fim de semana nós estudamos juntos, revisamos os pontos duvidosos e tal. Estava mais apreensiva por eles que por mim! Pode?

Mas, apesar de tudo, de toda saudade, de todas as lições escondidas nas entrelinhas dos raios de sol que Deus nos tem trazido, estou feliz. É muito bom acompanhar o passo a passo da concretização do meu sonho.

obs1: acho que este texto até que ficou melhorzinho...

obs2: fiquei olhando os pés de todo mundo aqui e a Bíblia, de novo, está certa: 'quão formosos são os pés de quem anuncia o Evangelho!'

Coisas da vida

"A vida é assim." Essa é a frase que minha colega de quarto,Vanessa, mais fala quando lhe faltam as palavras. Por enquanto, as únicas coisas que eu achei muito bom mesmo por aqui foram as cores super intensas das flores e o céu no pôr-do-sol. É muito lindo! Sábado passado fomos a um dos shopping e, se não fosse a chuva, teríamos conhecido outros lugares. Hoje não fomos a lugar nenhum, acho que deu preguiça em todo mundo, mas, ainda assim o dia foi bonzinho...
Tenho caminhado sempre que posso; às tardes, depois das aulas; num trajeto pequeno, porém eficaz pra quem nunca fez nada em termos de exercícios. Hoje, pela manhã, resolvemos fazer um pouco diferente e seguimos adiante pela rodovia até a entrada da casa do Presidente. No meio do caminho, porém o macarraõ do jantar de ontem resolveu fazer efeito... Imagine a cena: eu, na rodovia, sem nada que parecesse com um troninho em muitos metros! Foi deprimente... Pedi muuuuita resignação a Deus e segui caminhando até encontrar uma Igreja da Assembléia de Deus aberta. Imagine outra vez: a criatura com vestes de ginástica, toda suada, pedindo pelamorddeus pra usar o banheiro! Tragicômico, tragicômico!
Depois do almoço (eu comi bem pouquinho, prevendo qualquer coisa...) fomos brincar de esconde-esconde na sala das crianças!!! Três adultos - eu , Vanessa e Matheus (sendo que chamaram ele e ele nos chamou) - com duas garotinhas, foi hilário...
Agora à noite estudamos um pouco e acho que o dia vai acabar com sessão de cineminha na sala de aula mesmo.
"A vida é assim" e amanhã é outro dia.

Provas e provações

Como bem diz o pai de Mariana "prefiro lidar com pedra que com gente!" Hoje fizemos nossas primeiras avaliações e o fim de semana foi, no mínimo, stressante. Todo mundo recluso em seus quartos, com livros, apostilas e aparelhos de som. Todo mundo tentando estudar os sons das oclusivas, das fricativas planas, das vocóides secundárias. Todo mundo tentando entender as diferenças entre o signo de Saussure e o de Odgen. Eu disse tentando...

A missão funciona como pousada para ex-alunos e, na noite anterior, chegaram algumas pessoas bem falantes. Pessoas que, pra falar a verdade, não estavam hospedadas no nosso dormitório, estavam só usando a sala de convivência para ouvir música alta e conversar mais alto que a música! Foi complicado... Um a um, todos nós saímos dos nossos quartos e fomos pra biblioteca até chamarem pra comer.
Um pouco mais tarde, acho que pra se redimir, fizeram uma 'tapioca com côco', que na minha terra a gente chama de beiju. Aí foi festa porque ninguém aguentava mais estudar e viemos todos pra sala conversar até chegar o sono.
Hoje o dia foi todo de provas e eu até que me dei bem....
Agora vou parar... dei o endereço daqui pro Matheus, outro colega daqui, e ele está lendo. Estou querendo ver suas reações... Acho que ele vai me achar uma doida, muito mais do que acho que já acha!

Semana I

Sobrevivi à primeira semana! O pessoal é legal, tenho muita coisa pra estudar e qq oportunidade de entrar na net é pra aventurar uma conversa no msn com mainha,, por isso, escrever detalhes é algo complicado... Hoje eu chorei... Foi a primeira vez. Na quinta eu passei o dia todo tão cinza quanto a paisagem. Triste, triste, mas não chorei, só fiquei triste e com muita saudade do melhor abraço do mundo. Hoje eu sei, com muuuita propriedade, que o melhor abraço do mundo é o da minha mãezinha. Ninguém tem o cheirinho dela, ninguém tem o jeitinho dela, ninguém me ama como minha mainha.

Por enquanto está dando pra acompanhar as aulas sem tanta dificuldade porque eu vi alguma coisa na facul, mas aqui o negócio é mais profundo e amanhã temos as primeiras provas de Linguística e Fonética. Ainda não conheci as meninas, mas conversei com a Nina essa ssemana.

Estou com mainha de colocar o artigo diante dos nomes próprios... Isso não é normal. Baiano não fala assim. Eu não falaria assim normalmente, mas estou sendo influenciada pelos falares daqui. Isso me incomoda sabia?

Estou fazendo um Diário de papel sempre que posso, isso não significa que o blog vai morrer, só que eu tento não esquecer das coisas e as atualizações serão paulatinas...

bjos meus queridos.

Ano Novo, novinho em folha

Bom, finalmente eu vou ter um ano novo. Não sei quem se lembra, mas eu vinha dizendo que 2007 marcaria o fim de uma trilogia na minha vida e eu creio que foi assim mesmo. Passei por uma série de coisas tão complicadas que se tornaram indizíveis, mas agora, como bem disse minha muito querida Mariana em sua carta de despedida para mim, eu estou inaugurando uma nova série.
Estou em Brasília desde o dia 4, numa Chácara perto do Itamaraty (mas não dá pra ver nadinha, só sei que é porque me disseram que é!) Cairam raios que danificaram o sistema de telefonia, então não pude ligar pra Krícia, nem pra casa, conforme havia prometido. Internet então, nem pensar... só estabeleceram tudo hoje. Neste momento estou usando o notebook emprestado do Adriano, um colega que conheci aqui. Aliás, conheci pessoas de bom coração aqui. Espero que tenhamos uma convivência , no mínimo, boa.
Não foi fácil despedir de mainha, nem de Mari... É como pisar numa placa de vidro transparente estendida sobre o abismo. Você tem que acreditar que ela está lá. Vim chorando a viagem toda! Chegando aqui, liguei rapidamente pra fofa da Kritz, na esperança de poder papear quando desfizesse as malas, mas os raios... Também ainda não troquei palavra com a Nina, mas fiquei imaginando se ela estaria correndo ontem (teve uma corrida aqui na cidade, não fui ver, mas fiquei sabendo...)
Eu sei que este post tá com cara de relatório, que está frio e quase impessoal, mas é porque estou correndo mesmo. Não queria deixar de escrever, mas não quero ocupar muito tempo o equipamento alheio, mesmo porque, como diz minha mainha "dor de barriga não dá uma vez só"! Além do mais, ele sempre empresta pra todo mundo, daqui a pouco aparece quem queria usar também... Isso aqui é só pra dizer que, no fim das contas, eu estou bem. Com saudade de todo mundo, mas bem ansiosa pelo que me espera a partir de amanhã, quando começam as minhas aulas.