Cotidiano Serelepe

Surpresas e sustinhos da minha vidinha sem-sal

domingo, março 22, 2009

Identidade

Eu já falei milhões de vezes que acho ridículo ter crise existencial na minha idade. Agora, depois que 'pari', é ainda mais absurdo sentir que estou perdida igual a cego em tiroteio, me procurando nas histórias dos outros, crendo que não sou ninguém que já não está por aí, vivendo e sabendo o que fazer da própria vida. Quem é essa pessoa?
Todo ano eu digo que não vou assistir o BBB, mas acabo vendo, julgando, me enganando com as pessoas, tomando partido de outras, bom, só não ganho o milhão! Este ano, a diferença veio com minha identificação com Francine. Calma! Eu não sou de ficar mostrando os 'distintivos' nem levantando a saia pra mostrar o calçolão (embora use calçolão porque acho mais confortável. Enfim...), mas aquela vontade louca de ser amada e cuidada é igual. O grude já foi igual, agora já não é. Talvez porque não achei válido grudar... sei lá.
Só olhando - e sofrendo junto- com a Francine foi que eu percebi o quanto nós duas nos anulamos apenas para ser reconhecidas, só pra ganhar um afago. Consequencia de um desespero com nome e sobrenome, que vem de outros carnavais. Claro que eu não tô falando do Max. Mal comparando, somos como gatos que se julgam muito independentes, mas se contorcem por um carinho. Quase não damos trabalho, mas ainda causamos alergia.
Será que cada bichinho tem o dono que merece? Será que existem mesmo gatinhos vira-latas? Se existe a campanha "Adote um Cão", por que não tem "Adote um Gatinho"? Por que não adotam a Fran? Se der certo pra ela, eu posso voltar a ter esperança.

É mesmo muito ridículo querer viver nos outros.

domingo, março 01, 2009

Além da Vaidade

Outro dia lia o texto em que a Brenda relatou sua boa vontade em malhar e recobrar a forma que tinha antes de uma bebezinha e me enchi de coragem. Disse pra mim que caminharia todos os dias logo após a primeira mamada do João, mas aconteceu uma coisa com a qual eu não contava: meu pé cresceu e meu lindo tênis comprado apenasmente para ir à Brasília - porque eu achava um artigo totalmente desnecessário até então - simplesmente não cabe mais. Saí dois dias, feri o pé e não saí mais. Meu pé cresceu e eu continuo só usando as mesmas coisas da gravidez porque engordei.
Mainha diz que eu 'estou amamentando' e me empurra comida o tempo todo. No primeiro mês eu comi pirão de tudo o que se pode imaginar, pelo menos uma vez por dia. É verdade que a produção do leite era bem mais expressiva naquele tempo, mas o resultado é que faltam só 5kg pra eu ficar a mesma baleia hipopótama que eu estava no fim dos 9 meses.
Aí me dizem "use cinta, Elisa" e eu uso, mas eu só tenho duas calças, ambas do tempo de grávida e ambas caem quando eu uso cinta. Situação ridícula. Fui semana passada ver preço de calça jeans para trabalhar (sim, Pessoas vou trabalhar) e descobri que eu sou uma gigante que veste 44, como se não bastasse estar sem grana. Deprimi. Poxa vida, eu tenho 6 jeans e nenhum cabe. pensar que eu vou ter que comprar sem dinheiro uma coisa que eu tenho em casa me dá nos nervos. Me dá vontade de chorar. E eu choro sempre que dá vontade.