Cotidiano Serelepe

Surpresas e sustinhos da minha vidinha sem-sal

quinta-feira, agosto 31, 2006

Desça da nuvem (ou não, fique aí mesmo!)

Faz uns 3 anos que eu uso agenda pra marcar compromissos. Há tempos em que as páginas ficam desertas e outros em que não há espaço pra tanta coisa. Esta semana está acontecendo o segundo caso. Segunda saí pra interromper o andamento de possíveis problemas decorrentes do assalto e fui pro níver de Elda. Terça e ontem resolvi ajudar Lilica com a escolha do vestido para a sua formatura e fui resolver meu estágio no Central. Hoje tenho que cancelar mesmo a conta do celular, tirar meu RG de novo, fazer o cronograma do estágio pra combinar meus passos com a Pró-regente do Central e pegar uns apontamentos da aula de segunda. Acho que esqueci alguma coisa, mas tá na agenda...
Depois que a gente adquire um hábito é difícil se livrar dele, então, no futuro, meus dias serão assim: vou levantar antes de todo mundo na minha casa, acordar as crianças - parte I, vou tirar as frutas da geladeira e tomar um iogurte sozinha, acordar as crianças - parte final, pôr a mesa para o café e os pães preparados pra serem esquentados, apressar uma das crianças no banho enquanto faço a outra levantar (sempre tem uma que é mais enjoadinha), escolher minha roupa enquanto espero meu marido querido e amado mais que todos no mundo sair do banho, tomar banho e deixar o trabalho da criança enjoada pro marido supra-citado, bem como a tarefa de esquentar os pães. Me arrumo e tomamos café, todos juntos e apressados. Marido leva as crianças ao colégio e eu busco, uma vez que trabalho de professora universitária (oh Deus!) possui horário flexível. Nesse horário flexível eu delego as funções da minha Marinete, que vai aparecer umas 3 vezes por semana, no máximo.
Então, um dia, eu acerto de ir conversar com a coordenadora da escola dos meus pimpolhinhos e me ligam dizendo que farão detetização no prédio do curso de inglês (ou espanhol, ou alemão, ou qualquer outra língua), portanto não haverá aula pros meus filhos, nem pro filho de ninguém! Ligo pra marido e a gente resolve ir ao cinema com os meninos no meio da tarde, já que o comportamento deles é primoroso na escola! Mas é surpresa, senão ninguém vai querer ir pra casa almoçar saudavelmente e fazer os deverzinhos! Esta é uma tarde em que eu não tenho aula, então posso organizar minha casa e a vida dos meninos, bem como preparar as aulas seguintes. No meio dos e-mails, recebo um convite pra palestrar num colóquio de literatura. Oba, mais um motivo pra comemorar com cineminha!...
Marido chega, festa dos meninos, cineminha, pizza, os meninos dormem cansados no banco de trás e a família feliz volta pra casa... Aaaaai, se sesse!

terça-feira, agosto 29, 2006

"Já estou cheio de me sentir vazio" - L.U.

Saca quando dá vontade de ficar quieto, só chorando sem motivo inteligível? Estou assim há tempos, só pensando nas consequências... O que mais tem incomodado agora é eu sou uma inútil, mas não gosto disso e ao mesmo tempo não tenho forças pra sair da inércia. Parece frescura, mas não é e isso tem me matado... Não se vive do ar e da luz do Sol, ainda que minha vida esteja bem semelhante a de uma samambaia! Se houvesse uma máquina do tempo, uma eu de anos atrás ficaria escandalizada me vendo hoje tão apática. É verdade que desde os tempos do Diário de Papel eu falo sobre dias de nuvem, despercebida, mas a coisa nunca foi tão palpável quanto agora.
Acho que tudo piorou, e eu não estou exagerando quando digo tudo, depois do que aconteceu ano passado. Vim perdendo a confiança nas pessoas não importa há quanto tempo estão na minha vida. Elas só sabem de mim o que querem saber porque eu não dou mais informação gratuita. Aprenderam a me saber, não me conhecem mais. Assim: sabem que se eu estiver muito nervosa e emburrada, não devem puxar papo besta, mas se não perguntarem os motivos, ficarão sem saber porquê eu estou emburrada, pois eu não digo mais. Antes não era assim, mas eu me perdi de mim, mesmo tendo ficado mais introspectiva. É muito complicado?
Algumas pessoas nem perceberam essa mudança, mas tem gente que está chateada comigo. Não condeno ninguém. Há gentes pra quem é fácil dar a famosa 'volta por cima', gente que fica triste por 3 dias e pronto! Essas gentes nunca vão entender uma cara murcha no quarto dia e eu não tô mais a fim de explicar, só isso. Explicar o inexplicável, além de difícil é dolorido e eu não gosto de dor. Estou querendo espetar o dedo na roca e dormir por 100 anos, quero uma maçã que me faça desfalescer e só entende isso quem quer a mesma coisa.

sábado, agosto 26, 2006

Fui assaltada!

Havia marcado de encontrar às 1530h na casa de Lex, mas eu tenho um problema seríssimo com horário e só apareci depois das 16. Como sempre, liguei pra dizer tinha chegadoe fiquei surpresa quando ele disse que não estava em casa, retornaria dentro de 10 min. Eu, uma pequena anta envergonhada, não quis subir e ficar com a sogritcha e, simplesmente, sentei na calçada pra esperar. Foi nisso que eu burrei!
Não demorou muito, dois meliantes mirins (um deles empunhando um arma) se aproximaram mandaram um 'Passa-a-bolsa'. Levantei convencida de que era um briquedo 'Oxe, eu não!' e ficamos brigando pela minha bolsa por uns segundos. Nisso, o talzinho que tava 'armado' me deu um tapa no rosto com a 'arma', no que eu acabei por afrouxar a mão e eles sairam correndo. Daí, fiz a única coisa que me restava: gritei bem alto 'pega ladrããão!' e as descrições das roupas deles, a direção que tomaram... Fiz um escândalo!
Duas moças num carro os seguiram, mas eles desceram um beco e sumiram. A vizinhança apareceu nas janelas e alguém e me providenciou água com açúcar. Estava mais enraivecida que nervosa, mas tremia inteira durante o telefonema que dei pra minha mãe bloquear o cartão do banco. Lex apareceu em seguida e juntou gente pra ir atrás de meus documentos, na esperança de os assaltantes terem descartado a bolsa, mas foi inútil. Fomos à delegacia pra fazer o Boletim de Ocorrência e eu voltei pra casa. Meu olho direito está dolorido, a pálpebra inchou besteira, mas estou bem.
Disso tudo eu concluo que sou uma lerda, porque devia ter entrado e ficado com minha sogritcha; sou louca, porque aquela arma podia ser de verdade e eu podia estar agora no céu dos lerdos e loucos! Acima de tudo isso, concluo que devia ter ouvido meu coração quando ele me alertou pra não sair de casa hoje. Mainha e eu estávamos conversando numa paz há muito não vista... É como eu digo de vez em quando e quase ninguém entende: às vezes é melhor nem acordar! Aliás, ninguém entende quando eu digo isso.

quinta-feira, agosto 24, 2006

Gribada

Alisinho, meu colega de facul, costuma dizer que eu sou a criatura mais dengosa que ele já viu. Hoje eu devo lhe dar razão... Quero minhas pantufas, cafuné nas pontas de meus cachos. Quero uma mão segurando a minha e uma voz dizendo que eu sou linda mesmo com essa cara de doente. Estou com cabeça de escafandro: grande e pesada, além disso, doendo como se houvesse sinos dentro dela. Dizem que ter sinos dentro de si é bom, mas, particularmente, prefiro borboletas porque são mais leves, mais coloridas e ajudam a voar.

Faz algum tempo que não vejo borboletas dentro de mim...

terça-feira, agosto 22, 2006

Perdida no espaço

Aviso: Caro leitor, o texto abaixo é o desabafo de uma quase formanda que não sabe o que fez dos últimos quatro anos da vida, conclui que perdeu um tempo precioso e que o fato de ser mulher torna isso ainda mais periclitante.


Pra que drogas eu faço Licenciatura em Letras se eu sempre detestei sala de aula e só a palavra 'aluno' me provoca uma careta? Eu gosto é de ficar quieta! Lendo, viajando na loucura dos autores, entendendo seus porquês... Ou então corrigindo o que os outros escrevem, editando textos... Isso devia ser rentável porque é muito bala! Há alguns meses fui convidada a participar de um grupo que eu chamo (sem que ninguém saiba) de Desesperados por Recheio de Lattes. Não sou muito chegada nessa galera que vai pra todo curso que aparece pela frente só pra pegar certificado, mas aceitei. Eles estão com um projeto relativamente grande sobre índios e quem me conhece há tempos sabe que os índios são minha paixão desde o terceiro semestre.
Bom, aceitei e o plano é simples: cada um faz um artigo e coloca o nome dos outros, então, quando terminarmos, já teremos vários trabalhos publicados. Fiquei sabendo ontem que meu nome já está em um e que temos uma apresentação na pós da UFBA até o fim de setembro. Detalhe é que eu nunca fiz um artigo, mas desde o convite estão me enchendo o juízo pra que eu produza algo e semana passada, saindo do cinema, eu tive uma idéia. 'Beleza',pensei eu, só que falei com quem entende e a resposta é sempre a mesma: tem mais a ver com Psicologia do que com Literatura, daí complica.
Sei não, sei não... Não me sinto bem quando penso que estou inútil e junta tudo com o fato de eu me sentir uma poeira cósmica toda vez que olho o meu Lattes magrelinho. Se eu fosse uma inútil com boas idéias, vá lá, mas estou me sentindo um tomate amassado.

segunda-feira, agosto 21, 2006

Bláblaá

Eu andei pensando... Se resolveram colocar legenda nos discursos do HP, por quê não em fonte maior, numa cor que não comprometa a compreensão? Esse tipo de faz-de-conta me irrita! Alías, a respeito das eleições e estou bem perdida sobre em quem votar. Lamento pelo Cristovam, até já gostei dele, mas não dá pra confiar num cara que vive sonhando... Também gosto da Heloísa porque acredito que as pessoas nascem com missões. A dela é jogar m*rd* no ventilador e não ser Presidente, sorry. Eymael é um ilustre desconhecido e devia retirar a candidatura. Para isso, porém existe uma explicação: qualquer cidadão que se candidatar a qualquer coisa pode passar 4 meses sem trabalhar e continuar recebendo o ordenado. Viagem né? Fiquei sabendo disso às 6 da manhã de domingo, na saída da Fashion (morta, acabada e com os pés latejando)
Poizé, a turma de Lilica foi fazer o vídeo da formatura na boite e eu me joguei junto. Lex adora essas coisas, eu ainda estou decidindo se gosto ou não! Digamos que eu gosto 2min em cada 15! Sim, o lugar é bonito e a água de côco estava mesmo uma delícia. Adorei o fato de poder ficar em paz nos sofás do mezzanino, dava pra monitorar os milhares de guris lá em baixo e isso era engraçado. Não, eu não gosto playboyzinhos nem de pattys (só de Patty) e a quantidade de prostitutas estava além das minhas expectativas. Além do mias, acho que tem alguma coisa naquela fumaça que me deixa rouca, rouca e isso é péssimo. Cheguei em casa morta, como já disse e quase dei de cara com a parede do banheiro. Sim, eu dormi em pé e não é a primeira vez qua acontece! Quase ao meio-dia chegou o convite pra assistir ao 'Vozes do Holocausto' na Sociedade Israelita, de grátis! Evidentemente, fomos e foi óóóótemo!
Pra quem canta, assistir rouca a um espetáculo apresentado por um coral é torturante. Mas foi tudo lindo, emocionante... De lá íamos ver a ópera 'A Noiva Vendida', no TCA. Dessa vez desembolsaríamos e teríamos que largar a coisa acontecendo por causa do horário. Aí foi massa porque, depois de concordarmos que não daria certo, ele virou pra Tâmara, explicou nossos motivos e encerrou com um 'a gente combina nisso também. música tem que ser inteira!'
Me permitam ser bobinha, tá?!

quinta-feira, agosto 17, 2006

Como você está?

Por que é tão importante haver uma resposta pra essa pergunta, afinal? Terça eu saí de casa como se fosse dar banca pras meninas e acabei no Multiplex assistindo 'A Prova'. (Era este o filme que eu queria ver na sexta, mas acabei não opinando e assistindo a 'Piratas do Caribe2' sob a promessa de que eu ia gostar. Não gostei.) Levei tanto tempo calada que tossi quando liguei pra única pessoa com quem queria conversar fiado naquele momento.
Comprei sandálias novas e fiquei andando... Do filme veio uma idéia e eu tenho um caminho bem longo e pedregoso a percorrer. Estou sentindo uma mistura de medo e empolgação que não é nada confortável. Já senti isso antes e resultado sempre foi a paralisia porque começar é fácil, mas persistência nunca foi meu forte. Acho que vou juntar uma equipe...


Sapato Novo (Marcelo Camelo)

(...) – bem, como vai você? levo assim, calado
de lado do que sonhei um dia
como se a alegria recolhesse a mão pra não me alcançar
poderia até pensar que foi tudo sonho
ponho meu sapato novo e vou passear
sozinho, como der, eu vou até a beira
besteira qualquer nem choro mais
só levo a saudade morena
e é tudo que vale a pena

segunda-feira, agosto 14, 2006

Post-relatório

Sexta - Atrasada na aula de Nancy. Almoço com mainha. Lex de surpresa. Cinema. Faculdade outra vez. Banho e cama. Morta!
Sábado - Aborecimentos matinais. Amigos do coração. Apresentações e boa música. Grujubi.Yakissoba. Detalhes significativos que merecem ser anotados, mas não aqui. Banho e cama.

Domingo - Acordar cedo e esperar a casa acordar. Minha casa, banho. Casa do meu pai. Sobrinhas lindas e espertas, agora são três! Pai doente, recluso, teimoso, mas preocupado comigo e orgulhoso das filhas. Irmã fez escova nos meus cabelos e eu virei uma das Panteras. Pai de Lex me chamou de 'fofinha' rsrsrs, a mãe é política e estuda os meus passos (normal). Conversas esclarecedoras, porém preocupantes quando penso na minha mãe. Volta pra casa. Banho e cama.
Conclusões - * O tempo realmente passa rápido demais quando a gente não quer que isso aconteça. * Este foi o primeiro Dia dos Pais da minha vida que eu não me arrependi de ter saído de casa. Minha família de meu pai não é tão terrível assim. *A inteligência é uma arma bastante sutil e eu pressinto um duelo. Tenho que me preparar. * Preciso prestar atenção aos conselhos de minha mãe. Ainda que eu não concorde com eles totalmente, devo guardá-los já que parte deles faz sentido.

quinta-feira, agosto 10, 2006

Crise

Eu não consigo mais falar! Isso é terrível porque eu sempre falei, muito. Agora eu não falo, emito frases esporádicas e nunca sobre mim. Segunda à tardinha minha mãe deitou no meu colo e falou 'Lisa, me fale de você...' , mas eu não soube o que dizer, de novo. Lembrei de ter sorrido amarelo pra Lex quando, no sábado, ele disse não saber quase nada de mim, mesmo gostando de estar ao meu lado. Desde então eu fiquei pensando: Meupaidocéu, eu não falo de mim pra absolutamente mais ninguém! Eu pensava que falava pra, pelo menos, minha mãe, mas não. Com mainha deitada no meu colo segunda à tarde, eu fui só lágrimas.
Tentei lembrar definições de mim mesma e não consegui também. Estou vivendo o 'pra me conhecer, conviva comigo'. Será que isso é bom? Que horror uma criatura ter crise existencial aos 25! Como diria Clarice 'Eu não dei por esta mudança', porém faço uma idéia da causa e isso é irritante.
Este post tá ridículo!

segunda-feira, agosto 07, 2006

Cassiopéia

- E vc se importa?
- Não sei... Na verdade me importo, mas não quero. Eu não posso deixar que as coisas interfiram na minha vida porque, afinal de contas, não tenho mais nada a ver com elas. Por outro lado, não gosto de lhe ver com essa cara porque significa que as coisas por dentro não estão nada bem.
***

-Olha eles... rsrsrs são totalmente difentes. Ele parece um trio elétrico e ela anda, fala e vive em slow motion...
-Verdade... e eu tenho pensado muito nisso.
-Nisso o quê?
-Que diferentes dão certo também.
***

-Poxa vida! Pensei que estava claro que eu fiquei com a escova de dentes na partilha dos bens.
-Ééé, meu tio Wanderlei tinha razão...
-Como assim?
-Ele disse que gostou muito de você...
-E?
-E falou que você queria divisão de bens.
-Aimeupai! Explique rápido porque isso dá margem a muitas interpretações.
-Você queria entrar pra família.
-Aaaah, queria mesmo.
-E ainda quer?
-Não. Obrigada. Não daria certo... Somos muito diferentes mesmo ou iguais demais.
***

-Eu tenho visto filmes demais e isso tem mudado meu jeito de pensar algumas coisas...
-Entendo... Patty disse semana passada que eu estou roteirizando a minha vida! rsrs Fiquei pensando a respeito e é verdade. Preocupante, mas é verdade.
***

-Eu ri naquela parte do carro, que ela fica andando de um lado pro outro e diz: "Você não está vendo que não vai dar certo? A gente só faz brigar!" e ele responde: "Mas é isso que a gente faz, a gente briga! Quem mais vai lhe dizer que você é muito chata 90% do tempo?"
***

-E você está fazendo isso por quê?
-Porque a vida precisa continuar. (mas aqui eu já estava chorando...)

sábado, agosto 05, 2006

'Zuzu Angel'

Quem é essa mulher
Que canta sempre este estribilho
Só queria embalar meu filho
Que mora na escuridão do mar
Quem é essa mulher
Que canta sempre esse lamento
Só queria lembrar o tormento
Que fez o meu filho suspirar
Quem é essa mulher
Que canta sempre o mesmo arranjo
Só queira agasalhar meu anjo
E deixar seu corpo descansar
Quem é essa mulher
Que canta como dobra um sino
Queira cantar por meu menino
Que ele já não pode mais cantar
Angélica (Miltinho/Chico Buarque)

Não tem como não chorar com essa letra quando se sabe que ela foi composta por uma história real. Fui assistir ao filme com mainha ontem e é impressionante como as pessoas sairam tristes da sala. O sentimento é estranho, uma mistura de choque e vergonha. A realidade é muito feia quando a gente acorda e percebe tem dormido com ela dentro de casa. O mais ridículo é que eu já ouvi uns bobos dizendo, mais de uma vez até, que a solução para o Brasil seria o retorno da ditadura porque a república é um sistema tão falido quanto o casamento. E eu, que não duvido de mais nada, tenho visto tantas mensagens sorrateiras nessas campanhas eleitorais que estou com medo.

quinta-feira, agosto 03, 2006

Eu sou assim mesmo...

Minha impulsividade já me trouxe problemas, já afastou pessoas que eu amava, já me pôs de castigo quando criança, ... mas eu não consigo me livrar dela! Desde o início da semana que eu queria fazer uma coisa e fiquei protelando, agoniada, pensando nas consequências, nos pensamentos em formas de dardos e até numa resposta, vai saber?! Bom, eu fiz! Acabei de fazer!
Da primeira vez que marquei a cirurgia no dente, eu estava morrendo de medo da dor e mandei e-mail pra todos os meus amigos contando que estava com medo. A maioria respondeu dizendo que eu era 'maluca' ou 'não existia', enfim, achando tudo muito engraçado. Tudo o que eu queria era um pouco de compreensão com a minha frescura, que nem era tanta assim, e o que recebi foi descrédito. Resultado: eu não fiz a cirurgia e esperei a coragem voltar um ano e meio depois.
Bom, hoje eu escrevi pra Ela mais ou menos o que gostaria que tivessem escrito pra mim. Eu penso que demonstrações de afeto ou de solidariedade(como é o caso) dispensam mel, flores e bombons, mas não a presença. Não importa como, a mão precisa estar estendida, senão não adianta.

quarta-feira, agosto 02, 2006

Primeiro Dia

Às vezes tenho a sensação de que minha vida não anda, que pra ela a expressão "um pé na frente do outro" não tem o menor significado. Foi o primeiro dia de aula, o pátio estava quase vazio e minha pró não foi.