Cotidiano Serelepe

Surpresas e sustinhos da minha vidinha sem-sal

quinta-feira, junho 29, 2006

Simples Provérbios

Engraçado como tudo pára na hora do jogo do Brasil... A rua fica deserta, os poucos carros na rua passam em alta velocidade e todos as conversas se movem numa só direção: será que já fizeram um gol? ainda não ouvi os fogos!... Sai de casa logo após a execução do hino, fui andando devagar pra a casa de uma amiga e cheguei quase no intervalo. O primeiro gol já tinha acontecido e Kaká já havia levado a falta. Aliás, quantas faltas naquele jogo e quanta gente se jogando no chão de graça também! Foi por causa dessa graça que a mãe da minha amiga soltou a preciosidade que se tornou, pra mim, mais importante que a passagem pras Quartas de Final: quem não tem técnica precisa ter astúcia. Fiquei viajando...
'Caraaaaca, que verdade!' pensei na hora. Várias situações passearam na minha lembrança, a maioria delas não era muito boa e eu associei este pensamento àquele outro, 'o mundo é dos espertos', do qual nunca gostei. Espertinhos só existem porque fazem alguém de bobo e eu não gosto disso. Os motivos são muitos, mas o principal deles é que estes bobos são pessoas com limitações e grandesas; erros e acertos que as fazem únicas, peculiares. Sãohumanos iguais a mim, que não sou nenhuma santa e cometo muitas faltas porque sou perna-de-pau mesmo, mas nenhuma das minhas caneladas é proposital, nem quando eu levo cartão!
Fiquei mesmo viajando na frase da minha 'tia' lá... Eu não sei jogar (não tenho técnica) e me recuso a agir de má fé (usar a astúcia), por isso estou passando um período no banco! A situação é desconfortável, mas é tempo de observar e desenvolver a habilidade. A Bíblia mais uma vez está certa: 'Há tempo para tudo debaixo do céu' *

* Isso não está em Provérbios, é do livro de Eclesiastes 3:1

terça-feira, junho 27, 2006

Nossa Língua Portuguesa e outras coisas

Perceba que interessante: em inglês, as pessoas são e estão numa só palavra. Pra eles, ninguém pode estar triste, a pobre ciatura é triste e acabou! Nós somos diferentes... Eu, por exemplo, sou uma pessoa irritadiça, me irrito com bobagens e isto é um fato; e eu estou à flor da pele ultimamente. Tanto que estou me agarrando nessa esperança linguística para me propor uma mudança porque nem eu estou mais me aguentando. O fim de semana foi péssimo com brigas de família, muitas lágrimas, juras e uma dor de cabeça instantânea.
Briguei com minhas tias, as fofas e a quase-fofa que parece um trio elétrico. Acontece que a gente ouve piada a vida inteira e aguenta calado porque pensa 'daqui a pouco eu vou pra minha casa e este povo todo vai ficar aqui', só que elas me pegaram num período podre e eu revidei. Deu-se a melódia! Estamos brigadas e estamos todas mal, cada uma com seu quinhão. Elas estão esperando que eu me desculpe por ser mais nova e eu estou esperando minha raiva passar. Daqui a uns dias eu já nem me lembro os detalhes do que aconteceu e volto numa boa, agora é que não dá.
Ontem fui com mainha ver Tristão e Isolda. Não gosto muito de assitir a clássicos porque muita coisa é mudada a fim de tornar o trabalho mais comercial. Poxa vida, acabam falseando, não vêem! Eu não conhecia a lenda, só sabia que é anterior ao filme e à ópera, mas como minha experiência com Tróia não foi muito boa, já fui preparada pra não chorar por falsidades, mas não adiantou. Não aguento histórias de amor interrompidas e chorei horores, apesar disso eu estava certa: contaram uma versão irlandesa de Lancelot e Gwinevere. Estou lendo o que o Google conta sobre os dois e a história é bem mais interessante. Aliás, se tivessem feito desse jeito eu choraria bem mais!

sexta-feira, junho 23, 2006

Fora do Meu Umbigo

Eu is escrever bastante sobre a minha insatisfação com o Ministro da Defesa desde os primeiros tempos da minha vida, mas resolvi poupar vcs. Vou falar só do quanto o cinismo dele me irritou anteontem.
Há muitas, muitas pessoas prejudicadas com essa história da Varig e ele simplesmente as manda voltar pra casa e ter calma?! A empresa não está pagando nem comida pros passageiros , tem gente fula da vida espalhada pelo mundo e isto é tudo o que ele pode fazer como Ministro da Defesa? Isso lá é declaração que se dê?!Olhe, me poupe viu?! Eu não sou apaixonada por política, não sou partidária também, mas o PT está cada dia pior aos meus olhos.

segunda-feira, junho 19, 2006

Balanço do meio do ano

Hoje foi o primeiro dia de elaboração da Proposta de Matrícula Acadêmica. Estou levando sugestão de oito matérias pra escolher, mas é praticamente certo que eu só vá cursar quatro. Cinco, no máximo... Quando penso que este poderia ser meu último semestre e não é por pura lezeira alheia me dá uma raiva... mas deixa quieto! Deus deve estar preparando coisas muito boas pra mim e ainda ontem falei isso com Beta. Tanto perrengue pra todos os lados precisam ter uma razão muito boa pra acontecer, então bola pra frente que estamos nas Oitavas de Final! E eu não tô falando da Seleção do Parreira!
A semana passada foi toda medonha e sábado eu 'chorei, chorei até ficar com dó de mim' como na música do Cauby Peixoto, mas ontem acordei bem melhor. Assisti o jogo na casa de minhas tias sem tanta empolgação e voltei pra casa em silêncio, mas já não chorava e minha cabeça parou de doer. Eu serenei... Tenho uma teoria(nem gosto muito disso, mas essa não afeta ninguém além de mim mesma, então lá vai!): estou bem no meio da trilogia dos anos mais significativos da minha vida, cronologicamente. 24,25 e26. Muita coisa tem que se resolver neste período. Ano passado foi horrível: conheci meu lado negro da força, vi o desespero bem de perto e quase morri, literalmente, tudo no primeiro semestre. Depois eu levantei, respirei e continuei andando. Este ano em nada se parece com o passado, as perdas e ganhos são bem outros e posso dizer, que apesar de eu continuar demorando pra acordar, eu acordo e nem pisco mais! Antes eu aparentava uma força que não tinha, hoje eu pareço não acreditar na força que tenho e isso é engraçado!
Olho em volta e só vejo ruínas, mas tem nada não. Tá melhor agora que as paredes pararam de cair na minha cabeça. Agora que eu já sei que minhas folhas podem nascer outra vez ( né Patty?) vai dar tudo certo! A música da vez é Trust, do Sixpence. Dessa vez sem link, sorry, mas a parte grifada diz que não é pra se preocupar com o amanhã, pois Deus o tem sob controle. Basta confiar n'Ele e seremos bem orientados. T-u-d-o! :)

Trust in the Lord with all your heart
Lean not on your own understanding
In all of your ways acknowledge Him
And He will make you paths straight
Don't worry about tomorrow
He's got it under control
Just trust in the Lord with all of your heart
And He will carry you through
Lord, sometimes it gets so tough
To keep my eyes on You
When thinks are going rough
But when I turn my eyes up to the sky
And I hear Your voice it says to me
So child do not be weary with the troubles
Of this world I have overcome

domingo, junho 18, 2006

O Vencedor Leva Tudo - ABBA

Tive um dia horroroso do início ao fim. Odeio estar errada e mais ainda quando me apontam, cheios de razão. Baixar a cabeça nunca foi tarefa fácil pra mim, mas faz parte do aprendizado. À noite assisti a um documentário sobre a história do ABBA. Não sou fã deles, daqueles que sabem músicas inteiras e tal, eu sempre gostei da qualidade harmônica do vocal. Hoje eu parei pra ver a história e ouvir melhor as letras, já que meu inglês está digivolvendo rsrsrs.
Achei esta do link bem interessante, dados os acontecimentos recentes. O compositor a fez logo após o seu divórcio com a Agnetta, a vocalista loura que fazia a primeira voz, portanto quem interpreta a canção. Precisa ver com que carga de sentimento ela o faz! Em seu depoimento, ele disse que a dor o fez escrever melhor e eu lembrei de umas 'conversas de botas batidas' que tive.
No meu caso, a dor promove abundância das palavras sim, mas eu fico muito chata, monotemática! Quando percebo isso já é um bom sinal. Significa que falta pouco pra o retorno das abobrinhas malassadas da programação normal.

sábado, junho 17, 2006

Momento inusitado

Não, Pessoas, não aconteceu nada de extra comigo de ontem pra cá. Só pensamentos... Andei analisando este meu momento bloguístico, por assim dizer... Eu sempre tento reaver meu espaço lá no weblogger porque realmente gosto muito de lá e, adivinhem, o perdiapaciencia voltou, outra vez! Resolvi que vou ficar por aqui mesmo e é aí que entra a peculiaridade do instante pelo qual passa a minha singela figura.
Lá no perdiapaciencia eu era totalmente protegida pelo anomimato. Não inventei nenhum pseudônimo, mas minhas bobagens eram lidas por gente desconhecida, salvo excessões raríssimas (um pessoal que eu sabia que não ia ser tão frequente, na verdade). Isto, porém não acontece aqui! Conheço cada um dos meus 4 comentaristas ( :* bjobjos :* pra vcs queridos) e soube hoje, no susto* , que há mais olhos me olhando**...
Além disso, andei pensando numas coisas e é por isso, meus queridos, que eu peço apoio pra campanha
'A Rua é Pública, a Casa Não'!
Explico: não posso impedir que leiam minhas besteiras, isso aqui é como um outdoor. O que posso fazer é pedir com toda singeleza (e bom humor, por favor não se ofendam os destinatários) que todos os comentários sejam assinados. Abaixo o anonimato e o pseudônimo também! Sejamos quem somos e, preferencialmente, em 'zero e um', modelo SVO!
No mais, eu acho é graça dessa conversa enviezada e agradeço a atenção dispensada. É muito bom quando o coração da gente fala pra ouvidos tão atentos. O meu escreve há dez anos e não vai parar só porque, agora, tem um rosto e um sorrisinho sapeca.

*perdão pela redundância, não resisti.
** Já expliquei inúmeras vezes a diferença entre susto e surpresa. Fazer isso outra vez, já é abuso! Vão lá no perdiapaciencia ver. Se não me engano, tem alguma coisa em Novembro...

quinta-feira, junho 15, 2006

Forte, um dia...

Este título é tudo o que eu quero ser, é o meu sonho, meu objetivo, mas não estou vendo nada parecido... Quando soprei a velinha no meu níver, levei um tempão pra fazer o pedido, mas pedi algo de muito útil. Pedi a mesma coisa à minha estrela na madrugada anterior. Por que tem que ser tão dolorido? A Bíblia diz que o ouro, pra ser refinado, passa pelo fogo. O barro, pra tomar forma, é amassado antes de ir pro fogo também. Eu estou enclausurada num cômodo sem ventilação e me sinto moída em pedacinhos cada vez menores. Tá difícil me achar no meio de tanto farelinho de mim... Certas situações doem muito.
Ontem aconteceu outra vez, fui preterida. Na verdade, houve um contratempo na comunicação, mas depois eu fiquei pensando que não seria correto comigo! Eu teria o quê? Dez minutos, rápidos, corridos, insípidos. E depois eu seria enxotada para que a dona do jardim viesse estender uma toalha pra o pick-nick?! Por que? Porque ela nem sabe que eu existo e jamais passou por aquela cabecinha cheia longos cachos que eu nunca deixei de existir, mesmo quando não estava perto! Ainda sobre a inveja do post anterior, estou me sentindo péssima por muitos motivos. Um desejo horrível de que raios caiam na cidade ou que uma poça de lama dê um baita banho em alguém específico! Faz tempo que não choro assim, como agora, com um nó na garganta, daqueles que nos faz ter dificuldades pra respirar. Lágrimas longas... Como eu deixei isso acontecer? Eu sei que não sou assim... Eu me sinto horrível por desejar essas e outras coisas ruins.
Algo dentro de mim diz que as coisas simplesmente acontecem, que as pessoas são como são e se merecem assim. Que eu estou contradizendo minha própria lei da liberdade de expressão se eu não respeito pessoas inexpressivas, mas é eu não acredito em tanta lentidão de pensamento. Acredito na inocência, que combinada com a cegueira provocada pelo sentimento, não deixa as pessoinhas terem olhares críticos. Acredito na covardia bem enfeitada por sofismas, meias-verdades, omissões e lembranças de sonho. Aí, neste ponto do meu pensamento, eu fico com raiva me questionando se eu mesma não fui ludibriada por estes mesmos artifícios. Uma vontade gritar este engodo pra todo mundo, de fazer justiça com a própria voz. Mas é inútil... Quem acreditaria numa dor de cotovelo?

"Pode ser que eu ria de mim quando tudo isso acabar" - Bem ou Mal - Vânia Abreu

segunda-feira, junho 12, 2006

Dia dos Namorados

Anos atrás, logo quando eu saí do colégio, costumava dizer que odiava o Dia dos Namorados e o início da Primavera pelo mesmo motivo: todo mundo fica meio idiota. Depois que eu tomei consciência de que tinha uma inveja básica das carinhas de bobas das pessoas, eu passei a achar fofo, mas sempre dava um jeito de não manter contato com ninguém nesse dia e até hoje eu faço isso.Vamos combinar que inveja faz mal pra alma, além de doer fisicamente, e Eu não mereço isso também!
Este ano eu estou com raiva porque descobri que as caras de bobos-alegres podem ser máscaras de esconder covardia. Antes eu acreditava que a maluquice do 'antes mal acompanhado do que só' era uma atitude adolescente e que pessoas adultas não agiam dessa forma, principalmente aquelas que têm objetivos tão bem estabelecidos, tão fixos, tão sérios. Me enganei. Pior, estou decepcionada, e muito. Tem gente que faz qualquer coisa pelas sensações. Pra quem o importante é navegar, nem que seja num barco de papel, num tanque.
Este ano eu estou triste, mas não estou com inveja dos casais de pombos arrulhadores, pois muitos deles não passam de ratos com asas. Minha tristeza é comigo, é pela capacidade que eu tenho de me sabotar e de distribuir senhas pras novas chances de quebrar o nariz. Incrível como ele e todo o resto se quebra fácil, tudo em menos de uma semana.

sábado, junho 10, 2006

Espírito barroco

Hoje foi a apresentação do último trabalho do semestre, o que não significa que já estou de férias porque ainda falta o escrito de Brasileira III, na segunda. O trabalho foi em equipe, decidiu-se por tratar do estilo Barroco e a mim couberam as manifestações artíscas não relacionadas à literatura. Já que eu dividi o trabalho, que é que tem falar do que eu mais gosto?! Bom, por conta do fim do semestre, o LAMI tem estado um inferno , então resolvi ir ainda pela manhã a fim de encontrar ilustrações barrocas no querido Google de todos nós. Achei e ficaram lindos os meus quadrinhos! Não demorou muito, começaram os telefonemas de 'ai, não achei', 'ouça aí pra ver se tá bom' e 'olhe, eu vou ler viu?' e meu sistema começou a ficar nervoso!...
Comecei a ficar melancólica, pensativa demais, quase triste... e saí pra andar. Cheguei à Castro Alves bem na hora do pôr-do sol e a Lua, do outro lado, me lembrou um momento mágico que eu vivi. O céu, com as nuvens róseas, me lembrou, na verdade, o amanhecer, de que gosto tanto. E foi neste momento que eu percebi a sutileza das diferenças, assunto sobre o qual estou pensando há algumas semanas. O amanhecer é gêmeo do pôr-do sol, mas é um anúncio vibrante de situações inusitadas. Sustos e surpresas estão contidos nos raios, inicialmente tímidos e inofensivos, e pode-se esperar muito de um dia inteiro de reinado da Estrela.
O que estava diante dos meus olhos era a segurança do imutável, se escondendo atrás de Itaparica, submisso, para que todos os olhares fossem do Astro.
Vale dizer que, voltando pra facul, estes pensamentos se confirmaram e eu acabei chorando outra vez. Não sei pra quê eu ainda insisto em querer voar...

sexta-feira, junho 09, 2006

Renato :* e o dom de falar por mim.

Eu não me perdi e mesmo assim você me abandonou
Você quis partir e agora estou sozinho
Mas vou me acostumar com o silêncio em casa, com um prato só na mesa
Todo mundo sabe que o processo de auto conhecimento e avaliação é demorado e contínuo, mas que dá resultados. Eu aprendi muita coisa nos últimos dois anos e a principal delas diz respeito à arte de reconstruir.

Eu não me perdi o Sândalo perfuma o machado que feriu
Adeus adeus adeus meu grande amor
E tanto faz de tudo o que ficou guardo um retrato teu
E a saudade mais bonita
Ok, ok, a madeira em questão não o Sândalo; e, exageros à parte, escolher a saudade mais bonita vai dar um trabaaalho...

Eu não me perdi e mesmo assim ninguém me perdoou
Pobre coração - quando o seu estava comigo era tão bom.
Poizé...

Não sei porquê acontece assim e é sem querer
O que não era pra ser.
Levei um tempão pra entender estes versos, mas hoje eles são bem coerentes pra mim. Algumas coisas não têm explicação porque são puro sentimento. É transcendental demais pra caber na lógica.

Vou fugir dessa dor.
Porque, 'tipo assim', se 'ninguém merece', Eu muito menos! Sem brincadeira agora, é terrível quando tudo o que você quer é somar, ajudar, fazer o bem, trazer a felicidade, ouvir de novo que a sua presença traz paz, e tudo o que percebe é que se transformou numa Midas às avessas! É a segunda vez que uso essa alegoria, mas é justamente assim que eu me sinto.

Meu amor, se quiseres voltar - volta não
Porque me quebraste em mil pedaços.
Comentar estes versos é difícil por uma série de motivos, mas o principal deles é que sentimentos reais são inteiros. Espinhos todos temos e eles, eventualmente, provocam ferimentos. O sentimento mútuo funciona como bom remédio. Se não é inteiro, pode até ajudar a sarar, mas é como o Merthiolate antigo, que ardia horrores, doía horrores e fazia chorar horrores! Sentimento inteiro é bálsamo, quebrado em pedaços, é vinagre.

Mas, a despeito de todas as coisas nas quais eu acredito, creio na capacidade ímpar do ser social de pensar, repensar e exprimir o resultado de tanta queimação de mufa!

segunda-feira, junho 05, 2006

Fim de semana chuvoso

Aconteceu que eu completei meus 25 aninhos e comemorei da maneira que sempre quis: na rua até dar uma dor, com gente que me considera, cantando e livre da silva sauro de qualquer tipo de melindre. Só não foi melhor porque eu sou muito desastrada e acabo machucando as pessoas. O domingo foi entre sorrisos e momentos de contemplar o vazio com esta verdade me martelando os miolos. Ainda não estou 100%, então o meu parecer sobre a comemoração vai ficar pra depois. Por enquanto, saibam que eu adorei tudo e que cada sorriso que aparece nas fotos foi real.
Falando nelas, estão site de Patty e Fredy porque, se eu não tenho competência pra fazer o meu, tenho prestígio pra estar no deles! rsrsrs Vão lá ver o '1/4 de século de Maria'

sexta-feira, junho 02, 2006

Poizé

"A vida segue sempre em frente, o que se há de fazer?" - 'O Caderno'

Quando eu estava em BH, falando pro Raul sobre o Quarteto, disse que nós somos mais completas quando estamos juntas. Na hora nós achamos bonito e eu fiquei de escrever algo a respeito, mas passou. Só ontem à noite eu voltei a refletir sobre como este é o ano mais importante que já vivemos. Já estivemos perto-longe antes, mas agora tudo vai complicar porque nós vamos desmembrar de verdade.
Falta menos de um mês pra o casamento de Binha, o que quer dizer que falta pouco pra ela ir morar no Piauí. Quando eu fui com ela conhecer o lugar da cerimônia, nós conversamos sobre a dificuldade desse longe-longe, sobre os medos... Ela reconheceu alguns deslizes e eu os meus... foi bem bom. Eu ainda não consegui compilar as músicas que quero pra a cerimônia/festa e estou começando a ficar nervosa. Acho que, lá dentro de mim, estou adiando esta confecção pra fugir da realidade: ela vai embora, só volta de vez em vez e mudada como toda senhora casada! Ontem eu pensei nisso depois que Elda, a chilena, me ligou porque não sabe o que responder a uma universidade de Sergipe que a chamou pra lecionar. 'Lisa, o que vc faria?' Com o coração doendo, eu disse que sim. Vai ser bom pra ela, pessoal e profissionalmente, mas o medo do desconhecido a está paralisando.
Estamos neste ponto: Binha vai casar, Elda vai se transformar numa pesquisadora de sua língua materna, Lilica var terminar a facul e juntar grana pra morar em outro país pra ficar rica e voltar 'antes dos 30' e Eu estou aqui, resolvendo uma querela de cada vez e vendo todo mundo ir embora. Eu estou com medo de perdê-las, mas sei que não vai acontecer. Ao mesmo tempo eu penso que cada situação, cada ferimento que fizemos e curamos umas nas outras fizeram a base do que somos: peculiares tesouros de nós mesmas.