Cotidiano Serelepe

Surpresas e sustinhos da minha vidinha sem-sal

quinta-feira, junho 15, 2006

Forte, um dia...

Este título é tudo o que eu quero ser, é o meu sonho, meu objetivo, mas não estou vendo nada parecido... Quando soprei a velinha no meu níver, levei um tempão pra fazer o pedido, mas pedi algo de muito útil. Pedi a mesma coisa à minha estrela na madrugada anterior. Por que tem que ser tão dolorido? A Bíblia diz que o ouro, pra ser refinado, passa pelo fogo. O barro, pra tomar forma, é amassado antes de ir pro fogo também. Eu estou enclausurada num cômodo sem ventilação e me sinto moída em pedacinhos cada vez menores. Tá difícil me achar no meio de tanto farelinho de mim... Certas situações doem muito.
Ontem aconteceu outra vez, fui preterida. Na verdade, houve um contratempo na comunicação, mas depois eu fiquei pensando que não seria correto comigo! Eu teria o quê? Dez minutos, rápidos, corridos, insípidos. E depois eu seria enxotada para que a dona do jardim viesse estender uma toalha pra o pick-nick?! Por que? Porque ela nem sabe que eu existo e jamais passou por aquela cabecinha cheia longos cachos que eu nunca deixei de existir, mesmo quando não estava perto! Ainda sobre a inveja do post anterior, estou me sentindo péssima por muitos motivos. Um desejo horrível de que raios caiam na cidade ou que uma poça de lama dê um baita banho em alguém específico! Faz tempo que não choro assim, como agora, com um nó na garganta, daqueles que nos faz ter dificuldades pra respirar. Lágrimas longas... Como eu deixei isso acontecer? Eu sei que não sou assim... Eu me sinto horrível por desejar essas e outras coisas ruins.
Algo dentro de mim diz que as coisas simplesmente acontecem, que as pessoas são como são e se merecem assim. Que eu estou contradizendo minha própria lei da liberdade de expressão se eu não respeito pessoas inexpressivas, mas é eu não acredito em tanta lentidão de pensamento. Acredito na inocência, que combinada com a cegueira provocada pelo sentimento, não deixa as pessoinhas terem olhares críticos. Acredito na covardia bem enfeitada por sofismas, meias-verdades, omissões e lembranças de sonho. Aí, neste ponto do meu pensamento, eu fico com raiva me questionando se eu mesma não fui ludibriada por estes mesmos artifícios. Uma vontade gritar este engodo pra todo mundo, de fazer justiça com a própria voz. Mas é inútil... Quem acreditaria numa dor de cotovelo?

"Pode ser que eu ria de mim quando tudo isso acabar" - Bem ou Mal - Vânia Abreu

3 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Sabe aquela estória da árvore que sendo rígida demais o vento partiu e a da outra, mais flexível, que a tempestada só levou algumas folhas, que voltaram a brotar? Bem, você me lembra a segunda árvore, é forte, sim, uma mulher guerreira, mas também sensível, meiga, amiga...
Detalhe: cuidado com o que vc pede a Deus, como vc é uma pessoa muito especial, Ele certamente irá realizar sua vontade e isso nem sempre é o melhor para vc. Que tal colocar de verdade nas mãos Dele?

1:01 PM  
Anonymous Anônimo said...

Lembrei de uma pequena trova que aprendi quanto tinha 9 anos...
"Imitas no sofrimento as árvores que padecem... Quando feridas, podadas, com mais VÍGOR reflorecem."
Autor? Essa parte não lembro..rs

1:11 PM  
Anonymous Anônimo said...

comment grande ou vira email ou post!

4:13 AM  

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