Cotidiano Serelepe

Surpresas e sustinhos da minha vidinha sem-sal

quinta-feira, novembro 30, 2006

Eu quero paz no meu coração

Estou desistindo de dar murro em ponta de faca, resolvi voltar pra Igreja de minha mãe. Esta semana estou indo com ela à Festa dos Tabernáculos e está bem legal. Ainda tem um monte decoisas com as quais eu não concordo, mas acho que dá pra fechar os olhos e viver em paz. Não adianta querer mentir pra mim mesma: eu nunca consegui deixar de ser crente mesmo, é melhor voltar pra Igreja da minha infância, ainda que ela não seja mais a mesma coisa. Praticamente todos os meus amigos das antigas sairam de lá, mas fazer o quê?...
Bom, é isso...

segunda-feira, novembro 27, 2006

Efeitos Malévolos do Recurso Mneumônico

Fui pra festa da facul e tava tudo horrível! A banda que eu gosto tinha acabado de sair do palco e o intervalo foi ao som de uma versão nova de 'Waiting in Vain'. Droga! Pra quê isso? Pra quê ficar me lembrando de coisas que não vão mais acontecer? Dizem que a memória olfativa é a mais eficaz do corpo humano, mas eu tenho um problema sério com música. E 'Waiting in Vain' ainda me faz chorar quando eu sou pega no susto!... Larguei tudo lá e voltei pra casa desejando muito que inventem uma clínica feito a Lacuna, de Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças. Acho que nunca quis tanto quanto sábado à noite...

sábado, novembro 25, 2006

Sabe da última?

Então que na quinta eu estava caminhando apressadamente, pensando em voltar logo para casa e preparar minha bagagem, quando Ricardo ligou. A nossa tão acalentada viagem a Lençóis foi suspensa porque o Padre vai ter que fazer uma cirurgia de emergência. Pausa para digerir a idéia e refazer os planos para o fim de semana... Quase fiquei feliz por não viajar! Vou poder estudar pras provas com calma, preparar minhas duas aulas em paz...Pude fazer meu trabalho junto com parceirinho, digitar e entregar na calma. Escolhemos trabalhar nesta poesia de Ouibi Inaê Kibuko, um poeta marginal que faz parte do grupo Quilombhoje- Literatura, de São Paulo.


FORMA ARTIFICIAL


E o Café odiava o seu próprio Ser
por ser filho da noite
ter sabor diferente
e não poder ser tomado frio

E o Café não gozava o gosto de ser Café
de viver plenamente como um Café
sonhava e procurava um processo
para modificar sua aparência

E o Café ansiava ser o Leite
por este ser filho do dia
podendo ser degustado a vontade
gelado ou até sem açúcar

E o Café mirava-se nos espelhos dos rios
indagava a Omulu por quê carregava
tão pesado fardo? Pranteava, se agredia
e lamentava sua (vil?) existência

Pobre do Café! Por permitir que a frustração
a vergonha e o desalento...
sepultassem sua vivência


O Leite sentia mais orgulho de Si. Se enfeitava
e encantava-se com sua existência...
enquanto o café morria lentamente!


Mainha viajou para palestrar em mais um dos retiros da Igreja, o que significa que a casa é toda minha durante o fim de semana! Gosto de brincar de morar sozinha. Cuidar da casa, cozinhar pra mim, fazer programas de gente só... mas só de vez em quando. Ontem foi uma dessas vezes e eu fui à Sala de arte Alexandre Robato. Havia tempos eu queria ir lá, mas sempre fiquei envergonhada de ir sozinha, passar recibo, essas bobagens... Assisti a um documentário sobre a atuação de atores negors nas telenovelas brasileiras e a conclusão a que eu e parceirinho chegamos no trabalho só ficou mais forte. A autocomiseração é o que fortalece o preconceito. Depois voltei pra casa e estou aqui, pensando se vou ou não pra festa que me chamaram lá na facul.

quarta-feira, novembro 22, 2006

Pressão

Fim de semestre por si só já não é bolinho, mas quando a gente está perto de se formar parece que tudo fica catastrófico! Eu nunca tinha feito uma resenha na vida, até minha querida Pró Super-exigente de Literatura Brasileira pedir uma pra semana passada. Era em dupla e, já eu nunca fui de ficar numa equipe só a vida toda, quem me chamou primeiro virou o parceirinho. Resumo da ópera: perceirinho furou todas as três reuniões e eu fiz a pseudo-resenha sozinha, de última hora e não consegui entregar em tempo porque o Lami tava um inferno e eu não pude terminar de digitar e imprimir. Minha pró não aceita trabalho fora da data, eu quase chorei e o que valia 2pts, vai valer 0,5 para mim e Parceirinho. Lenhamo-nos (parte I)
O segundo trabalho consistirá, dentre outr4as coisas, na interpretação de uma poesia que tenha por tema as minorias marginais da sociedade. Parceirinho escolheu poesia de gênero e etnia porque 'já tinha o livro em casa e tal'. Você leu o livrinho? Nem ele e eu tampouco. O trabalho é para sexta e não tem nem uma linha escrita. Lenharemo-nos, certamente.
Ontem seria minha apresentação 1 de Metodologia do Inglês, que já foi adiada 3 vezes, mas eu não fui porque estava em reunião. Acontece que a Comissão de formatura, composta de 7 pessoas, parece que é feita de brinquedo e só eu e Jeane estamos queimando a mufa atrás de descontos, paraninfo, empresas e locais legais, essas coisas. Eu sei, eu sei, erro meu que devia ter levantado de lá quando deu meu horário, mas como é que eu podia fazer isso no meio da apresentação da melhor empresa que conseguimos?!
Paralelo a isso: estou sem dinheiro e Mabel, uma das coleguinhas da Comissão, me arrumou o bico de 'Mente Brilhante'. Explico: Mente Brilhante é aquela pessoa que, mediante pagamento em dinheiro, faz o trabalho pra vc entregar a seu querido professor! O detalhe é que precisa ser entregue até sexta, massss neste dia eu já estarei em Lençóiscom o Barroco, que vai passar o fim de semana em apresentações pré-natalinas como se o mundo não estivesse prestes a desaber sobre aminha cabeça!
AAAAAhhhhhhhh! Semana que vem tenho duas provas, a entrega do Relatório do Estágio de Português (aquele em que eu só compareci em metade do tempo), apresentações 1 e 2 de Met. do Inglês e ainda tenho que tentar convencer o Padre de Teologia de que eu sou uma boa menina e não mereço perder na matéria!

terça-feira, novembro 21, 2006

A Matrix é mesmo um lugar muito doido

Sabe aquela parte do filme 1 em que o carinha está comendo uma gosma nojenta e os outros dizem que, apesar da aparência repugnante, naquele prato há tudo o que o corpo precisa? Eu estou assim. Durmo, tenho sonhos desconexos (quando não ruins mesmo), acordo, realizo uma ação de cada vez até ter sono de novo e dormir. Minha vida está sem gosto! O que me fazia feliz antes não está mais surtindo efeito e o que mais me preocupa é que coisas novas não tomaram o lugar das antigas e minha alegria está trá-trá toda metralhada! Patty, este fim de semana, disse que eu quase não escrevo mais... É verdade, mas por quê? Se eu gosto tanto, se me faz exorcizar os fantasmas, se me fez conhecer pessoas interessantes, se escrevendo eu não preciso falar, por que os pensamentos não estão mais se transformando em frases publicáveis?
Fabiano, de 'Vidas Secas', não fala muito. Ele emite sons. Meus pensamentos sobre as coisas que tenho vivido estão grunindo apenas e eu me sinto um como um porão, um sótão, um dos vãos da casa onde quase nunca se vai, mas que tem um monte de coisas guardadas. Minhas coisas nunca foram tão minhas quanto ultimamente...
Talvez meus pensamentos até falem e eu não esteja prestando atenção. Estou preocupada com a formatura e a completa falta de grana, com o fim do semestre, com o fato de eu estar quase perdida em Teologia por só ter assistido a duas aulas! Com as pressões aqui em casa... Nada é fácil e, infelizmente, de todas as coisas boas, só chuva cai do céu.

terça-feira, novembro 14, 2006

Há um ano...

Eu estava feliz feito um passarinho voando. Havia borboletas na minha barriga e eu podia jurar que minha vida seria toda feita de confeito de bolo como nessas novelas de éopca que passam no horário das seis. Eu estava apaixonada, como não conseguia estar desde que Gu passou por mim. Meus olhos brilhavam e eu sorria inteira o tempo todo. Cada passo era dado sobre nuvens de sonho e sobre esse terreno plantei meus ideais românticos há exatamente um ano.
No feriado do ano passado, Leo me pediu em casamento... Dizem que a primeira resposta é a que vale e eu devia mesmo ter acreditado em minhas palavras iniciais. 'Não nos amamos'- eu disse no meio do susto- mas logo retrocedi, dizendo que não nos casaríamos naquele fim de semana! Aceitei. Aceitamos aquela nova condição e em cima dela nos pautamos nos meses seguintes, certos de que, daquela vez, seríamos felizes.
Daquele dia em diante passamos a enxergar nossas vidas juntos e, com o tempo, ficou nítido que não daria certo.
Os sonhos mais lindos sonhei
De quimeras mil um castelo ergui
E no teu olhar tonto de emoção
Com sofreguidão mil venturas previ

domingo, novembro 12, 2006

Ainda ontem...

OBS.: O texto está pronto desde sexta, mas o blogger estava se recusando a trabalhar!

Caracas, a semana passou voando! Ainda ontem era SEG e eu estava vomitando tudo o comi mal no EBEL. Ainda ontem era TER e eu estava na porta da biblioteca colando a sandália quebrada da minha pró de Estágio do Português com Superbonder.
Ainda ontem foi QUA e eu fui ver ‘O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias’ com mainha numa sala cheia de velhinhas. Neste mesmo dia eu sucumbi às mil indiretas e a levei para o ensaio do Coro, mas a coisa foi um pouquinho pior do que eu esperava. Estava preparada para reclamações sobre as faltas na faculdade, a falta de iluminação da Rua do Jogo do Carneiro, o horário da volta e o caminho até o ponto de ônibus, mas não esperava que ela me perguntasse se eu quero voltar a ser católica! Chorei duas lágrimas; uma de raiva e a outra eu não sei ainda de quê, mas acho que foi dó. Essa coisa de eu não freqüentar a lugar nenhum tem realmente mexido com ela...
Depois veio a QUI e fomos ao casamento mais lindo dos últimos tempos! Ela viúva havia 23 anos, mãe de 3 filhos, independente, super ativa e amada na Igreja de minha mãe. Ele solteiro, chegou lá uns dois anos atrás e passou por baterias de perguntas dos filhos, dos pastores, dos amigos e da própria noiva para chegar perto dela. Foi lindo mesmo e eu quis muito e outra vez que minha mãe quisesse se casar, mas ela diz que desistiu disso desde que conseguiu se livrar de meu pai. Ainda não desisti; um dia vou casar minha mãe com um cara legal!
E, finalmente, chegou a SEX. Um dia que estava lindamente organizado na minha agenda, mas resolveu seguir ser próprio script e me irritar bastante. Um padre morreu e a faculdade fechou, mas só soubemos disso quando chegamos lá para aula de Brasileira IV. Com isso, a carona que eu pegaria pra ver o espaço da festa da turma deste semestre furou porque o carro encheu de gente da turma que estava com tempo livre. Tentei ir pro Lami: fechado. Tentei pegar ingressos para uma peça que assistiria com mainha à noite, mas só depois das 14h. Resultado: passei o dia fazendo nada e esperando os horários chegarem. OK, deu pra estudar e fazer um bando de anotações, mas isso tudo é bem mais confortável numa sala com condicionador de ar do que na praça de alimentação do shopping, todos hão de convir!A tal peça é boa e saí dela pensando um monte de coisas que depois eu conto.

terça-feira, novembro 07, 2006

Enquanto o comp não vem...

Estou mesmo bem melhor! Afinal, manter a mente ocupada é uma maravilha e no último findi não me faltaram trabalhos. Minha querida Caótica abrigou o EBEL ( Encontro Baiano dos Estudantes de Letras) e eu fui pra trabalhar até ficar rouca! Foram bons dias de muito stress e alegria misturados, fora as festinhas, onde acontece de tudo! Enfim, foi bala assim: sem muitos detalhes.
Meninas, preciso agradecer pelas palavras carinhosas de vcs. Acreditem, por mais estranho que possa parecer, este tipo de contato nosso é muito inmportante para mim, então obrigada de coração!
Bridget, meu cabelo é mesmo cacheado, mas a tecnologia da chapinha me permite ser uma pessoa de franja! Assim que tiver umka foto que preste, eu ponho aqui o antes e o depois, certo?
Bjos!