Cotidiano Serelepe

Surpresas e sustinhos da minha vidinha sem-sal

domingo, setembro 30, 2007

No divã

Obs: Queridas Pessoas, o texto abaixo foi escrito ontem, durante meu horário de descanso, lá no trabalho. Eu estava, e ainda estou meio mal, então, pode ser que muita coisa não possa ser explicada. Agradeço a compreensão que vocês sempre têm comigo.

Eu cheguei à conclusão de que sou mesmo uma pessoa estranha, mas isso nem é porque eu quero! Aliás, pode ser que eu já tenha me habituado a ser do jeito que eu sou e, como sempre, tenha medo ou preguiça de mudar e me tornar mais fresquinha, dependente, docinha e tal. Semana passada eu ouvi "mulher, que é mulher, se vira, não fica esperando cair do céu." Estavam falando de mim em admiração à minha independência, coisa que não tem acontecido tanto nos últimos tempos. Bom, o fato foi que eu gostei.
Minha superior diz " Elisa, dê ordens." e eu me pego não encontrando a minha essência que, no colégio, comandava as equipes, dava a última palavra no grupo e opinava com importância sobre tudo. O negócio é que eu, que sempre me protegi de meus muitos medos atrás de fortes expressões, fui sufocada por idéias externas que me disseram que minhas armas de nada valiam e, pior, que meu gênio difícil e intolerância culminariam em solidão.
O medo da solidão é o maior de todos! Então, não sem dor, mudei algumas coisas, certamente as mais fáceis, e hoje, quando deveria começar a empreitada do serviço pesado, vem o medo da asfixia. É como a reforma de um casarão antigo, cuja fundação está podre. Há que se ter muito cuidado para que tudo não venha abaixo, porque se isso acontecer, não haverá alternativa senão uma reconstrução. Tudo será novo, confortável, moderno e... sem vida. A menina Essência, soterrada pelos escombros, será jogada fora junto com eles.
Não sei do quê tenho mais medo: da solidão ou de deixar de existir.

1 Comments:

Blogger Marina Rebuá said...

Tb tenho medo da solidão.. Mas, nao sei pq, alguma coisa me diz que vou ter uma familia linda e nunca vou me sentir só.
Eu realmente acredito nessa sensação... Mas as vezes bate um medinho e eu rezo muito pra q a solidão nunca chegue por aqui...

bjos, menina!
E aquela frasezinha clichê cai muito bem agora:
"Enquanto não deu certo, é porque não chegou no fim"
(ou algo do tipo)
;)

9:50 PM  

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