Cotidiano Serelepe

Surpresas e sustinhos da minha vidinha sem-sal

terça-feira, agosto 07, 2007

Adaptações

Sábado foi a festa de formatura dele e o nervosismo tomou conta de quem nunca havia promovido uma festa na vida. Juro que não quis me meter, mas não teve jeito! 'Cadê o segurança?' Lá fora, pegando os convites. 'Cadê a dona do buffet?' Foi tomar banho, mas o fotógrafo já chegou. 'Que fotógrafo?' Ânimos acalmados, fui conhecer os amigos de quem tanto já ouvira falar. Início de relacionamento é uma coisa engraçada. É mais ainda quando as pessoas em redor ficam ultra felizes por vocês estarem juntos. Elas falam coisas interessantes como 'nem parece que começou outro dia'. Já ouvi isso uma outra vez, na segunda vez que namorei com Leo. Uma amiga da mãe dele disse que parecíamos estar juntos havia anos. Essa frase, na verdade me deixa apreensiva, mas não é sobre isso que quero falar.
É sobre a vontade louca que se tem de ver a pessoa de cara boa, o tempo todo. Sobre a curiosidade pelos gostos, os desgostos, os afetos e desafetos. Olhos, gestos, suspiros, ruídos, tudo faz parte de um universo todo novo, que por mais novo, sempre é comparado com tudo do velho que já se viu. E não me diga que não é bom comparar porque eu discordo com veemência. Comparando eu vejo que o que tenho é infinitamente melhor. Não tenho borboletas dentro de mim, mas elas me seguem. Não tenho uma escola de samba sincopada, mas o ritmo compassado e confortante do coração do meu querido está a um piscar d'olhos de distância.
Domingo foi aniversário de 1 mês da afilhada ( que se sente bem confortável no meu colo, mas que ele tem medo de carregar) e fomos ver Patty, que nos deu um sustinho e foi pro hospital. Ontem foi o último dia de apresentação da ópera ''Tosca'', de Puccinni, no TCA, com o Coro Barroco, do qual eu fiz parte. Nós fomos, mesmo sem entender uma palavra de italiano e foi lindo, lindo. Primeira vez dele que, no início, estava meio deslocadinho; e acho que me sentiria do mesmo jeito num reagay; mas ele acabou interagindo e gostando no fim das contas. Mesmo. De um jeito que eu peço a Deus que não invente perpércias nessa parte do meu cotidiano, mas nos mantenha felizes e em paz, como estamos, e que as borboletas voadoras nos protejam.

4 Comments:

Blogger Marina Rebuá said...

Ai, eu quero sentir essa vontade louca também...! E quero alguem pra satisfaze-la...

=**

11:18 PM  
Blogger Dani Teti said...

hummm... essa coisa do novo me assusta um pouco, sabe? sei lá, algo sempre me prende ao passado... rsrsrs

6:03 PM  
Anonymous Anônimo said...

Muito bem. Feliz por saber que minha personagem favorita está feliz, que esse pedaço do filme está bom, e me desculpando por estar um pouco (muuito!) ausente ultimamente. Ah, e adorei a sua definição sobre mim no coment!! Mais sucinta e melhor do que a minha. Ao menos mais elogiosa, hehehe...beijos!!!

12:46 AM  
Anonymous Anônimo said...

Eu tenho borboletas em meu estômago o tempo todo e uma curiosidade infinita de saber do passado do meu "namorido", mas ele não me conta nunca...RsRs.

12:38 PM  

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