Cotidiano Serelepe

Surpresas e sustinhos da minha vidinha sem-sal

terça-feira, março 13, 2007

Outra DR! Post enorme, como toda DR!

Então que a gente brigou outra vez! Foi domingo retrasado, no aniversário de Rafa, filhote da Patty, e por um motivo idiota, mas absolutamente necessário para que minha saúde continuasse em pleno funcionamento porque eu ODEIO ter certezas veladas! Lembram da proposta que ele havia me feito? Pois. Minha resposta já estava prontinha na cabeça, mas eu não havia encontrado as palavras certas e, digamos, o motivo da briga só fez manter aquilo que já estava programado dentro de mim. Ok, brigamos, mas ele estranhou que eu continuei sorrindo, brincando e até abracei na hora de ir embora. Oras, não estávamos sozinhos, não havia tempo pra o assunto render e minha certeza foi confirmada. Pra quê melhor?!
Na segunda eu acordei com dor de cabeça e ela ficou comigo o dia inteiro. À noite, ele ligou pra falar sobre uma entrevista de Clarice Lispector na tv. Depois ligou de novo pra comentar a entrevista e, lógico, falar mais sobre o dia anterior (como se eu não conhecesse a peça!) "Se a gente não casar mesmo, vou ter que casar com uma mulher parecida com vc, sabia?" Evidentemente, a primeira reação é soltar uma gargalhada, mas daí veio a explicação e os motivos para rir se foram. "Tem coisas que só fazem sentido com você por perto! Poesia, música, filmes, certas conversas, falta de palavras...(e aí falou do filme) Seu problema é que você está muito chata ultimamente! Pode ser essa sua dor de cabeça, mas, desde ontem você está muito chata!"
Revoltei! Nem lembro direito como foi, mas eu sei que falei um monte e minha dor de cabeça aumentou estratosfericamente! Depois nos acalmamos e, falando de outras coisas, eu achei que era o momento de proferir meu veredicto. Juro que foi do modo mais calmo do mundo, sem alterações de voz, nem afetação. Juro que foi com o melhor grupo de palavras que encontrei! "Sabe aquilo que vc me propôs? ... Concluí meus pensamentos a respeito e creio que não vai dar não... Estou num momento da minha vida que não posso perder tempo com frustrações. Concordo que há situações que não faz sentido compartilhar com outras pessoas, mas isso incorre, outra vez, naquela história dos 50% de mim que vc gosta. Só que eu não sou incompleta e nada me garante que, cedo ou tarde, você acorde e diga, de novo, 'o que é que eu tô fazendo com essa doida?!' Desculpe, mas vc não me dá o que eu mais preciso: segurança. Hoje, o que mais nos afasta não são nem as nossas diferenças, nem sua ranhetice, nem minha chatice. É a sua instabilidade."
O incrível não foi ele concordar com meus motivos, foi dizer que "diante disso, não havia nada que ele pudesse fazer, uma vez que eu já havia tomado minha decisão!" Revoltei de novo! "Como não, cara pálida? Esse é justamente o tipo de atitude que confirma minhas palavras. Se tem alguém que pode mudar isso, como parte interessada, é você. (pausa para protestos infundados) De onde veio a proposta? De você. Eu lhe dei meus motivos lógicos para não aceitar. Caberia a você, se quisesse mesmo, me convencer pela lógica de que as coisas não são exatamente como eu vejo!"
No fim do telefonema, ele disse que no domingo, mesmo tendo discutido, ele diria que me amava. Aí, quase que a mulher aqui acaba, mas fiquei na minha. No dia seguinte, fui assistir "Letra e Música" e é fofinho como ele disse que era. Fiquei pensando no que ele disse e coisas passaram na minha cabeça:
coisa1- Verdade- Esse não o tipo de sentimento-gripe, com um ciclo de vida virótico. Não uma coisa que aparece ou desaparece do dia pra noite. Se ele ia dizer no domingo, é porque já sentia no sábado e continuou sentindo na segunda-feira, quando me disse e, provavelmente sentiria durante algum tempo.
coisa2- Mentira - Ele é muuuuito inteligente e sabe que eu derreto com palavras. Ele está sem a mãe e sem namorada. Nós temos essa relação estranha de parasitismo mutualista que, de uma forma ou de outra, massageia o ego.
coisa3- Fomos chamados pra cantar no casamento de Lílian, mas, devido a essas estranhesas, concluimos que não ia ser legal pro casamento de ninguém se a gente fosse cantar!
Mas... Eu dou um jeito de pensar que todo mundo merece a minha benevolência e liguei pra ele na saída do cinema e falar sobre a coisa1 e repensar a coisa3. Ele se disse que parou pra pensar em tudo o que eu disse e ficou muito magoado com tudo. Disse que queria conversar de perto, mas falou tanto por telefone que eu fiquei na dúvida sobre o quê ainda faltava ser dito. Aí, perguntei : "Pra quê vamos nos ver mesmo?" Foi um desastre tão grande que eu desci do busão chorando e cheguei na faculdade com o rímel escorrendo pelas bochechas! Agora o sentimento/pensamento que está em mim, e creio que nele também, é: "Se arrependimento matasse, nunca teria dito 'Oi' pra ele"

5 Comments:

Anonymous Anônimo said...

...
Difícil... Tenho muito a dizer, mas prefiro não comentar...
Gosto muito de vc. Gosto muito dele. Individualmente. Claro que amaria se voltassem a ser um casal, mas só se fosse para a felicidade mútua.
Li o tempo todo me perguntando: será que ele lê o blog?

6:58 PM  
Anonymous Anônimo said...

Dois coments importantíssimos:
1. O que é DR? (tá no perdiapaciencia?);
2. Não concordo definitivamente com a última frase. E acredito que vcs dois tb não.

9:15 PM  
Blogger Marina Rebuá said...

... :~
Não sei o que dizer... Mas queria fazer vc não ter escrito essa última frase...
Será que os bons momentos não compensam?
Sei lá, complicada essas coisas do coração...
Be fine, ok!? ;)
:*

1:36 PM  
Blogger Marina Rebuá said...

Acabei de assisir Letra & Música!
Adoreeeeei!!!
=)

5:48 PM  
Anonymous Anônimo said...

Algumas coisas acontecem para aprendizado, outras pra nossa evolução. Mas desilusão amorosa nunca deveria acontecer, porque dói demais... Fique bem...

12:21 PM  

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